Explosão de casos de dengue no Rio de Janeiro
De acordo com o relatório, o número de casos prováveis de dengue está seis vezes acima do limite máximo esperado
O último boletim semanal Panorama da Dengue, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) demonstrou que o número de casos prováveis de dengue está seis vezes acima do limite máximo esperado para esta época do ano, com base na série histórica dos últimos dez anos.
O boletim confirmou quatro óbitos relacionados à doença, sendo dois na cidade do Rio de Janeiro, um em Mangaratiba e outro em Itatiaia. Esses dados reforçam a gravidade da situação e a necessidade urgente de medidas efetivas para conter a transmissão do vírus.
Os números da dengue no Rio de Janeiro
A análise também revelou que essa tendência de aumento na transmissão de casos se mantém pela nona semana consecutiva. Desde janeiro até 15 de fevereiro, foram registrados 41.252 casos de dengue em todo o estado, o que representa aproximadamente 80% dos casos notificados em todo o ano de 2023, quando o Rio de Janeiro teve 51.479 casos da doença.
Elaborado pelo Centro de Inteligência em Saúde (CIS) da SES-RJ, o boletim utiliza um modelo de cálculo epidemiológico conhecido como nowcasting, que leva em consideração o atraso na inserção dos dados no sistema de vigilância.
O período analisado corresponde à Semana Epidemiológica 6 (SE 6), que compreende os dias 04/02/2024 a 10/02/2024, incluindo o período de carnaval. Durante essa semana, foram registrados 6.593 casos, e a secretaria estima que ainda haverá um acréscimo de aproximadamente 25 mil novos casos nesse período.
O limite máximo de casos
Um dos indicadores apresentados no Panorama da Dengue é o Excesso de Casos (EC), que mostra quantas vezes o número de casos registrados excede o limite máximo considerado para o momento atual. Segundo esse indicador, as regiões Metropolitana I – que inclui a capital e Baixada Fluminense – e Serrana são as áreas mais afetadas, com um excesso de casos correspondente a 20 vezes e 5,6 vezes, respectivamente. Em seguida, vêm as regiões Centro-Sul (EC = 4,7 vezes) e Baía de Ilha Grande (EC aproximado de 3 vezes), onde estão localizados municípios como Angra dos Reis, Paraty e Mangaratiba.
A secretária de estado de Saúde, Claudia Mello, ressaltou que a pasta está monitorando atentamente o crescimento da transmissão em todo o estado e oferecendo apoio aos 92 municípios, por meio do treinamento de profissionais com os protocolos de diagnóstico e tratamento dos pacientes, além do envio de insumos, equipamentos e medicamentos para montagem de salas de hidratação nos municípios.
No entanto, Claudia destaca a importância da colaboração da população nesse momento crítico. É fundamental que cada indivíduo adote uma série de medidas para controlar e eliminar os focos de dengue dentro de casa, uma vez que 80% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti são encontrados em residências.
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