Exército investigou 46 oficiais por carta pró-golpe
Documento foi recebido pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid
O Exército afirmou ter aberto processo disciplinar contra 46 oficiais que assinaram uma carta para pressionar o então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, em tentativa de golpe.
O documento intitulado “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”, segundo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, tinha “clara ameaça de atuação armada” após as eleições de 2022.
Em resposta dada pelo gabinete do Comandante do Exército a pedido feito por meio da Lei de Acesso à Informação, o Exército, porém, não esclareceu quais foram as punições adotadas a esses oficiais.
Segundo a investigação da Polícia Federal, os autores da carta seriam o coronel Giovani Pasini e o coronel Alexandre Bitencourt.
O documento em questão foi recebido pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, na noite de 28 de novembro de 2022.
Essas informações constam no relatório da PF que serviu de embasamento para os pedidos de prisão e busca realizados em 8 de fevereiro de 2023, na Operação Tempus Veritatis.
Militares são proibidos por leis e regulamentações de realizar manifestações coletivas, seja para expressar atos de superiores ou em caráter político ou reivindicatório.
Ao perceber a circulação da carta entre os oficiais, o Alto Comando do Exército decidiu alertá-los acerca das consequências de aderir ao manifesto.
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