Exclusivo: “Será uma gestão também reformista”, diz novo ministro da Cultura
O Antagonista entrevistou Sérgio Sá Leitão, o novo ministro da Cultura.Eis a primeira parte:O ANTAGONISTA: A Agência Nacional de Cinema (Ancine) foi durante muito tempo controlada pelos comunistas do PCdoB. O senhor foi recentemente nomeado diretor da Ancine por Michel Temer e tudo indicava que se tornaria o presidente deste órgão do governo federal, a ser finalmente ocupado por um quadro mais técnico. Veio então forte reação da esquerda acostumada a mamar nas tetas do Estado para fazer propaganda ideológica em forma de arte. O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) afirmou, por exemplo, que o “cinema brasileiro” estava “em perigo”. Agora, quais são a razão e a consequência da sua nomeação para o Ministério da Cultura (ao qual está submetida a própria Ancine)?SÉRGIO SÁ LEITÃO: Acho que...
O Antagonista entrevistou Sérgio Sá Leitão, o novo ministro da Cultura.
Eis a primeira parte:
O ANTAGONISTA: A Agência Nacional de Cinema (Ancine) foi durante muito tempo controlada pelos comunistas do PCdoB. O senhor foi recentemente nomeado diretor da Ancine por Michel Temer e tudo indicava que se tornaria o presidente deste órgão do governo federal, a ser finalmente ocupado por um quadro técnico. Veio então forte reação da esquerda acostumada a mamar nas tetas do Estado para fazer propaganda ideológica em forma de arte. O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) afirmou, por exemplo, que o “cinema brasileiro” estava “em perigo”. Agora, quais são a razão e a consequência da sua nomeação para o Ministério da Cultura (ao qual está submetida a própria Ancine)?
SÉRGIO SÁ LEITÃO: Acho que esse convite agora para ser ministro da Cultura, assim como o convite que o presidente Michel Temer me fez anteriormente para ser diretor da Ancine, é o reconhecimento pela minha trajetória na área cultural e na administração pública.
Eu trabalhe primeiramente no Ministério da Cultura, como chefe de gabinete do ministro Gilberto Gil; depois no BNDES, onde participei da criação do Departamento de Economia da Cultura e das linhas de financiamento de empreendedores e empresas da área cultural; depois na própria Ancine; em seguida na prefeitura do Rio de Janeiro, como secretário municipal de Cultura; depois retomei meu trabalho na iniciativa privada.
Em todos esses lugares, agi com princípios e valores muito claros, com absoluta integridade e rigor no trato da coisa pública. Sempre fui muito fiel às minhas ideias e continuarei sendo.
Acho que o governo do presidente Michel Temer é marcado por um ímpeto reformista, de realizar reformas fundamentais para o Brasil, retomar o caminho do crescimento e se colocar no rumo correto depois de alguns anos de gestão desastrosa. E eu espero dar no Ministério da Cultura a minha contribuição para isso.
Será, portanto, uma gestão também reformista, em que eu espero conseguir reestruturar o Ministério da Cultura, dar a ele um sentido republicano, recuperar sua capacidade de formular e de implementar políticas públicas.
Eu sempre trabalho com essa importância econômica da Cultura. A Cultura é um ativo do Brasil. Nós temos uma indústria cultural muito forte, nós temos uma produção artística muito forte que nós precisamos rentabilizar mais, estimular mais, para que este setor como um todo possa contribuir ainda mais para o desenvolvimento do país, gerando renda e emprego, então precisamos incentivar mais o empreendedorismo e a inovação nessa área.
Acho que são essas as ideias pelas quais eu tenho pautado a minha trajetória na administração pública e na área da cultura e que eu pretendo trazer para o Ministério, compreendendo aquilo que é a marca desse governo, que é justamente esse impulso de realizar reformas estruturantes que possam fazer o Brasil voltar aos trilho do crescimento e da prosperidade.
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