Exclusivo: “Os brasileiros sérios não podem ficar parados”, diz novo ministro da Cultura
Eis a terceira e última parte da entrevista de O Antagonista com o novo ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão.O ANTAGONISTA: O senhor entra em um governo que está, na melhor das hipóteses para ele, a apenas um ano e meio do fim, mas que pode terminar antes, caso a denúncia contra o presidente Michel Temer avance para o Supremo Tribunal Federal. Vai dar tempo de mostrar serviço?SÉRGIO SÁ LEITÃO: Essa questão não me preocupa.Acho que...
Eis a terceira e última parte da entrevista de O Antagonista com o novo ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão.
O ANTAGONISTA: O senhor entra em um governo que está, na melhor das hipóteses para ele, a apenas um ano e meio do fim, mas que pode terminar antes, caso a denúncia contra o presidente Michel Temer avance para o Supremo Tribunal Federal. Vai dar tempo de mostrar serviço?
SÉRGIO SÁ LEITÃO: Essa questão não me preocupa.
Acho que precisamos, todos nós brasileiros, cidadãos, de uma agenda positiva, construtiva, de enfrentamento da crise, de retomada do desenvolvimento, de reforma do Estado brasileiro, de reforma de legislações arcaicas que nós ainda temos e que afastam o Brasil da contemporaneidade, e eu espero dar minha contribuição para o Ministério da Cultura a partir das minhas ideias, dos meus valores, dos meus princípios, da minha capacidade de gestão, também para que na área da Cultura possamos participar desse necessário, urgente, fundamental processo de enfrentamento da crise e de recolocação do Brasil no trilho do desenvolvimento e da prosperidade.
Acho que nós tivemos muitos problemas econômicos, políticos e sociais nos últimos anos, estamos aí lidando com a maior recessão da nossa história. É inevitável que uma crise econômica leve a uma crise política. Sempre aconteceu na história da humanidade. Aconteceu em vários momentos da história do Brasil, mas acho que os brasileiros sérios, responsáveis, dedicados não podem ficar parados. Acho que nós precisamos trabalhar – toda a sociedade, não apenas o governo – para enfrentar essa questão e superá-la, e eu espero dar minha contribuição no Ministério da Cultura.
A Cultura não está fora da crise, ao contrário. Tem sido uma área muito afetada, em diversos aspectos. Mas, por outro lado, é uma área que representa um ativo econômico: uma grande capacidade de contribuição para geração de renda e emprego, qualificação de capital humano da sociedade brasileira – enfim, é um ativo do país.
Então, nesse momento de enfrentamento da crise, eu acho que a Cultura ganha até uma relevância ainda maior nesse sentido. Espero poder contribuir e espero também poder fazer com que, no final de 2018, o Ministério da Cultura esteja mais estruturado, mais capacitado para os momentos que virão.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)