Exclusivo: Gráfica contratada pela VTPB para a campanha de Dilma usou doleiro de Márcio Thomaz Bastos
O doleiro Marco Antônio Cursini, o mesmo que prestava serviços ao advogado Márcio Thomaz Bastos, também operou para a Margraf, subcontratada pela VTPB, que recebeu da campanha de Dilma Rousseff mais de R$ 23 milhões...
O doleiro Marco Antônio Cursini, o mesmo que prestava serviços ao advogado Márcio Thomaz Bastos, também operou para a Margraf, subcontratada pela VTPB, que recebeu da campanha de Dilma Rousseff mais de R$ 23 milhões.
Investigada pelo TSE, a gráfica VTPB não conseguiu comprovar a prestação integral dos serviços declarados na campanha de reeleição de Dilma Rousseff.
Dono da empresa, Beckembauer Rivelino de Alencar alegou que apenas agenciava serviços gráficos, tendo subcontratado a Ultraprint e a Margraf.
O Antagonista descobriu agora que a Margraf usava os serviços do doleiro Marco Antônio Cursini, do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos. Na delação firmada em 2007, Cursini contou que, até ser preso, realizava de “duas a três operações por ano” para a Margraf.
“A Margraph fechava de duas a três operações por ano com valores elevados, quais sejam, de dois a três milhões de dólares por operação”, disse Cursini. O doleiro recebia os reais no Brasil e disponibilizava dólares numa conta secreta no Credit Suisse.
À PF, ele entregou o número da conta, em nome do empresário Vasco Faustino de Menezes, dono da Margraf (equivocadamente registrada com ‘ph’ no termo de depoimento).
O fato de ter usado um doleiro para evasão de divisas naquela época não significa que Vasco Menezes tenha se utilizado do mesmo expediente no caso da campanha de Dilma, nem que tenha operado a serviço do PT.
Mas há coincidências importantes.
Maior fornecedora da reeleição de Dilma, a Focal Comunicação também teve problemas para prestar contas dos R$ 24 milhões que recebeu da campanha. Dono da empresa, Carlos Cortegoso – o “garçom de Lula” – foi defendido no TSE por Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, que era doleiro antes de virar advogado.
Toninho da Barcelona foi quem mencionou pela primeira vez, em 2006, o nome de Cursini como suposto operador de Márcio Thomaz Bastos. Foi ele também que, na CPI dos Bingos, acusou Dario Messer de ser o principal doleiro do PT.
Infelizmente, a PF desistiu de investigar o caso depois que o TSE rejeitou a cassação da chapa Dilma-Temer no ano passado.
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