Exclusivo: “Eu quis salvar a Constituição”, diz radical que furtou réplica da Carta Magna em ato golpista
Protagonista de uma das cenas mais estarrecedoras do ataque às sedes dos Poderes em Brasília, Marcelo Fernandes Lima devolveu na quarta-feira (11) a réplica da Constituição Federal furtada durante os atos golpistas à Polícia Federal em Varginha...
Protagonista de uma das cenas mais estarrecedoras do ataque às sedes dos Poderes em Brasília, Marcelo Fernandes Lima devolveu na quarta-feira (11) a réplica da Constituição Federal, furtada durante os atos golpistas do dia 8, à Polícia Federal em Varginha.
Lima apareceu em imagens durante os atos de vandalismo no STF exibindo, como um troféu, a cópia da Carta de 1988, encadernada em capa verde dura e com as assinaturas de todos os constituintes, furtada de dentro das dependências do Supremo.
Em conversa exclusiva com O Antagonista, Marcelo nega que tenha furtado a cópia da Constituição Federal e que esperou passar o período de flagrante para procurar a PF. “Fui ontem à Polícia federal e devolvi. Na verdade, eu salvei a Constituição porque ela seria queimada. Tirei das mãos dos vândalos e levantei ali, igual ao Rei Leão”, contou à reportagem.
Em seu depoimento, o apoiador de Jair Bolsonaro contou que estava dentro do STF quando viu três homens com um livro grande nas mãos gritando que iriam rasgá-lo. Segundo Marcelo, ele teria tomado o tal livro dos radicais por achar “aquilo um absurdo.”
Em todo o momento, o radical relatou que não tinha intenção de participar de atos violentos, mesmo usando a bandeira brasileira para esconder seu rosto e uma luva para proteger as mãos, e que tão logo percebeu a escalada de violência, ele teria “voltado rapidamente para fora do perímetro de segurança com o livro, procurou os companheiros de ônibus e começou a agilizar para todos irem embora.”
A O Antagonista, o delegado da Polícia Federal de Varginha, Jordan Viana Gibram, confirmou a devolução do documento histórico. “Foi entregue em perfeitas condições. Temos que ver como vai ser a logística para enviar o material apreendido de volta a Brasília.”
Leia aqui a íntegra do depoimento
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