Exclusivo: Diretor do BNDES se desculpava com Joesley por atraso em empréstimo
Quem mandava no BNDES era Guido Mantega e quem mandava em Guido Mantega era Joesley Batista...
Quem mandava no BNDES era Guido Mantega e quem mandava em Guido Mantega era Joesley Batista. Os diretores do banco se desdobravam para ajustar as regras do banco às demandas da JBS.
A ordem era dar o jeito que fosse para aprovar os aportes ao grupo de Joesley, como se vê no relato do próprio empresário sobre a compra da Swift argentina:
“Quando se aproximou a data do fechamento/pagamento da aquisição, eu pressionei o Victor Sandri. Ele, por sua vez, fez forte pressão junto ao presidente do BNDES Guido Mantega, passando a ele o cronograma exato de quando precisaríamos dos recursos para cumprir o nosso compromisso junto aos vendedores da Swift.”
“Recordo que consegui uma agenda com o então superintendente da área industrial do banco, Carlos Gastaldoni. O superintendente atrasou uma hora para chegar à reunião e, quando entrou na sala, eu lembro bem, veio se desculpando pelo atraso e dizendo que aquele dia tinha sido um dia muito difícil, pois estavam lá na reunião de diretoria e debatendo sobre como aprovar o financiamento para a aquisição da Swift argentina.”
“Ele me explicou que era impossível, com tamanha rapidez, aprovar qualquer aquisição acionária e que a Diretoria estava deliberando aprovar um empréstimo para resolver o problema de imediato e dizendo que, daí, com calma, nós e o banco engajaríamos num negócio de venda de ações da JBS.”
“Naquele dia, foi aprovado o empréstimo (…) Paguei em torno de três milhões de dólares como propina.”
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