Exclusivo: Amigo de Aécio com negócios na Vale foi cliente do megadoleiro Dario Messer
O Antagonista apurou que o empresário Marcelo Soares Pereira, o amigo de balada de Aécio Neves que tem negócios com a Vale, está na mira da Lava Jato do Rio. Seu nome consta da lista de 429 clientes do banco EVG, do megadoleiro Dario Messer...
O Antagonista apurou que o empresário Marcelo Soares Pereira, o amigo de balada de Aécio Neves que tem negócios com a Vale, está na mira da Lava Jato do Rio.
Seu nome consta da lista de 429 clientes do banco EVG, sediado em Antigua e controlado pelo megadoleiro Dario Messer, alvo da Operação Câmbio Desligo e que se encontra foragido há quase 1 ano.
No documento (veja abaixo), Tuca Maia aparece com a irmã Márcia Andreia Soares Pereira Coelho na offshore Sommerset Ltd. Ela também é dona da offshore Valencia Ltd, com José Henrique Soares Pereira, irmão de ambos.
O MPF no Rio já sabe que Tuca Maia e seus familiares controlam uma ampla rede de empresas, como transportadores, guindastes, prestadoras de serviço administrativo e de geração elétrica, e postos de combustíveis.
Alvo da CPI dos Combustíveis, Tuca Maia também foi citado no Petrolão pelo ex-deputado e delator Pedro Corrêa, que detalhou as negociatas envolvendo a Petrobras e o publicitário mineiro Marcos Valério.
Até agora, porém, o empresário não havia entrado no radar dos investigadores.
O MPF está particularmente interessada na movimentação das contas dessas offshores, que podem ter sido usadas para lavagem de recursos ilícitos.
Uma fonte ligada à investigação disse a O Antagonista que o grupo de Tuca Maia teria entrado na Vale com ajuda de Georges Sadala, operador financeiro do Sérgio Cabral, membro da “Gangue dos Guardanapos” e também muito amigo de Aécio, que foi seu padrinho de casamento.
Um desses contratos é com a Mega Energia, em nome do irmão e que faz “transporte e espalhamento de produto final” na Mina de Feijão, em Sarzedo, ao lado da barragem de Brumadinho.
Como O Antagonista revelou dias atrás, a Vale comprou por R$ 1,8 bilhão a New Steel, que promete reprocessar a seco os rejeitos minerários. A tecnologia, porém, nunca foi testada industrialmente.
Na prática, a Vale pagou uma fortuna por uma empresa não-operacional.
Até outubro de 2017, a New Steel tinha em seu quadro societário a GN da Barra Empreendimentos, outra das empresas de Tuca Maia, que resolveu transferir todas as suas ações para o Fundo de Participação em Investimentos Hankoe.
No balanço, porém, não há informações sobre o valor da transação.
Como o acordo bilionário da Vale foi assinado com a Hankoe FIP, agentes de mercado supõem que Tuca Maia tenha feito uma permuta de suas ações por cotas do fundo, lucrando indiretamente com o negócio.
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