Excesso de mortes
“O afastamento do auditor do TCU que emitiu um documento apontando provável supernotificação das mortes por Covid-19 no Brasil é, na superfície, apenas mais um escândalo em que um órgão do Estado foi usado para fins políticos pelo presidente Jair Bolsonaro”, diz O Globo, em editorial...
“O afastamento do auditor do TCU que emitiu um documento apontando provável supernotificação das mortes por Covid-19 no Brasil é, na superfície, apenas mais um escândalo em que um órgão do Estado foi usado para fins políticos pelo presidente Jair Bolsonaro”, diz O Globo, em editorial.
“Na realidade, revela a incompreensão absoluta do que seja uma pandemia — não só entre bolsonaristas, mas também entre políticos, acadêmicos e na própria imprensa. Trata-se não apenas da disseminação de uma doença contagiosa mortífera, mas de um choque externo que abala todo o sistema de saúde mundial (…).
A melhor métrica para avaliar o impacto do vírus — e a esta altura o país inteiro já deveria saber disso — não é somar apenas as mortes cujo diagnóstico possa ser atribuído inequivocamente a ele. É estimar o número que os epidemiologistas chamam de ‘excesso de mortes’”.
O jornal citou os dados do Conass, que “apontou excesso de 275.587 mortes em 2020, 22% acima das esperadas no ano e 41% acima das 194.976 atribuídas oficialmente ao Sars-CoV-2. De janeiro até 17 de abril de 2021, o excesso foi de 211.847 mortes, 64% acima do esperado e 20% acima das 176.913 imputadas ao coronavírus”.
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