Exame de corpo de delito pode ser substituído por prova em vídeo?
Com a prevalência de tecnologia de gravação e reprodução de vídeo amplamente acessível, é notável a crescente dependência dessas provas de vídeo.
Será que um vídeo pode substituir o exame de corpo de delito em casos de violência? Clarissa Diniz Guedes, especialista em Direito Criminal, provoca essa reflexão sobre a importância fundamental da prova pericial em contraste com o crescente uso de provas de vídeo no processo penal.
Com a prevalência de tecnologia de gravação e reprodução de vídeo amplamente acessível, é notável a crescente dependência dessas provas de vídeo.
A importância da prova pericial
No Direito Penal, a importância dada à prova pericial é indiscutível. Isso ocorre porque, no campo da justiça criminal, a certeza é o fator crítico.
É necessário garantir, sem margem para dúvidas razoáveis, que a pessoa em questão seja realmente culpada do crime pelo qual está sendo acusada.
Isso garante que os inocentes não sejam injustamente punidos.
Video x corpo de delito
Paralelamente à importância atribuída à prova pericial, Guedes destaca a crescente prevalência do uso do vídeo como meio de prova, resultante da vulgarização da imagem em nossa sociedade.
Isso se deve à unidade global e ao compartilhamento quase instantâneo de conteúdo de vídeo, desde câmeras de segurança até gravações de telefones celulares, que têm sua eficácia como prova cada vez mais reconhecida.
O efeito das técnicas de manipulação de vídeo
No entanto, à medida que evoluímos, surgem novos desafios e incógnitas.
Com o rápido avanço da tecnologia, as possibilidades de alterar e manipular os conteúdos filmados são muitas e conhecidas, levantando sérias questões sobre a autenticidade e confiabilidade desses vídeos como provas concretas.
Em resumo, a discussão que Guedes sugere é uma reflexão crucial sobre as implicações legais, éticas e tecnológicas de continuar a dar cada vez mais destaque ao vídeo como meio de prova criminal.
Fonte: Jota
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