Ex-técnico da Polícia Federal é acusado de desviar R$ 80 milhões
Um ex-técnico de informática da Polícia Federal identificado apenas como Tiago foi acusado de desviar R$ 80 milhões do programa Desarma, do…
Um ex-técnico de informática da Polícia Federal identificado apenas como Tiago foi acusado de desviar R$ 80 milhões do programa Desarma, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ele se aproveitou da senha de um policial federal para forjar devoluções de armas e apropriou-se, indevidamente, do dinheiro de indenizações.
Como funcionava o esquema
Segundo a Polícia Federal, o esquema de fraude nos processamentos das devoluções de armas de fogo rodava há cerca de 10 anos. Utilizando a senha de um policial federal, Tiago inventou devoluções e desviou o pagamento destinado a elas. Was investigações apontam que Tiago aplicou o golpe mais de 27 mil vezes durante a sua atuação.
Investigação em andamento
A identificação do esquema criminoso se deu no início das investigações, em janeiro de 2023. Ao ser bloqueada, a senha utilizado por Tiago levou à sua identificação quando este tentou desbloqueá-la via ligação à instituição pública. Foi nesse momento que o técnico foi identificado e suas ações descobertas.
Extravagâncias e vida de luxo
Com o dinheiro desviado, Tiago mantinha uma vida de luxo, possuindo uma mansão avaliada em R$ 2 milhões, carros de alto padrão, viagens de helicóptero por pontos turísticos, além de coleções de armas e vídeo-games. A polícia informa que ele instalou 72 câmeras de vigilância com reconhecimento facial na rua onde residia, possivelmente temendo por sua própria segurança após acumular tanto dinheiro.
Futuro do caso
A Polícia Federal está investigando a situação e acredita que poderá recuperar cerca de 40% dos fundos públicos desviados. Com a perspectiva de conclusão do inquérito ainda para janeiro de 2023, a polícia investiga agora a possível participação do policial federal, proprietário da senha utilizada por Tiago, no esquema criminoso.
Os advogados de Tiago insistem na alegação de que a senha do policial pode ter sido utilizada por outras pessoas além do técnico. A defesa do acusado aponta que ele reconhece parte dos crimes atribuídos a ele e que se compromete a colaborar integralmente com as autoridades.
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