O fundador e ex presidente do partido Novo, João Amoêdo, declarou apoio à candidatura de Tabata Amaral para a prefeitura de São Paulo.

O Novo, atualmente presidido por Eduardo Ribeiro, tem a economista Marina Helena como candidata. Sem citá-la, Amoêdo fez uma postagem em suas redes sociais falando genericamente de todos os candidatos como “despreparados e oportunistas”, colocando a deputada Tabata Amaral como única exceção nesse diagnóstico:

“Não voto em São Paulo, mas tenho acompanhado os debates, as entrevistas e analisado o histórico dos postulantes à prefeitura da cidade. A disputa se tornou um embate entre candidatos despreparados ou oportunistas. O argumento principal na busca do voto é o apoio de um salvador da pátria, a defesa da polarização ideológica, os ataques ao STF ou o combate ao já inexistente comunismo. Mas nada disso irá melhorar a vida de quem vive em São Paulo”, escreveu Amoedo e continuou:

“Felizmente, há uma exceção entre as candidaturas. Recomendo a todo paulistano que gosta da sua cidade e que deseja alguém sério e comprometido com o futuro de São Paulo que assista ao menos uma entrevista da Tabata Amaral e conheça seu histórico. Identifico na Tabata propósito, inteligência, competência, disposição, seriedade e qualidade de equipe. Nesta eleição, ela certamente teria o meu voto”, concluiu.

Amôedo X Partido Novo

Antes de sair do Novo, Amoêdo foi alvo de duras críticas dos mandatários e filiados. Sua postura firme contra a bolsonarização do partido Novo provocou a ruptura. Após sua saída, o partido se flexibilizou em relação a ala bolsonarista, o que levou Amoêdo a reiterar as críticas ao seu ex partido em diversas ocasiões.

Em agosto de 2023, Amoedo disse que o partido fracassou em relação à sua proposta inicial e que a legenda tornou-se “um satélite do PL”: “O importante agora é buscar mais mandatários, passou a utilizar o dinheiro público e pauta suas votações única e exclusivamente para se colocar como oposição, e não mais no interesse do cidadão brasileiro”, afirmou em entrevista ao Congresso em Foco.

Em setembro de 2023, Amoêdo escreveu: “O Novo vê sua estratégia oportunista de obter os votos de eleitores do ex-presidente [Jair Bolsonaro] sendo rechaçada diariamente pelas lideranças bolsonaristas. Do NOVO original, restou apenas o nome.”

O atual presidente da sigla, Eduardo Ribeiro, responde, na ocasião, afirmando que Amoêdo era um “poço de rancor”

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