Ex-presidente do FNDE diz que demissão foi por “ciúme” e “inabilidade política” de Weintraub
O advogado Rodrigo Sérgio Dias, demitido por Abraham Weintraub do comando do FNDE em 23 de dezembro, enviou nota a O Antagonista contestando as razões de sua saída...
O advogado Rodrigo Sérgio Dias, demitido por Abraham Weintraub do comando do FNDE em 23 de dezembro, enviou nota a O Antagonista contestando as razões de sua saída.
“Falar em falta de transparência é incabível para uma gestão que em dois dias suspendeu licitação suspeita de R$ 3 bilhões iniciadas na gestão do atual ministro. Gestão esta que economizou na compra dos Livros Didáticos, dos livros em Braile e, apesar de todas as pressões, não assinou um contrato para o início de construção de 18 escolas na região de floresta amazônica, pois não havia como fazer o monitoramento de obras.”
Ele diz também que, na primeira semana à frente do FNDE, “suspendeu a Universidade Brasil do Fies, em razão de inúmeras denúncias”.
Para Dias, sua exoneração se deu por “fatores políticos, pela autonomia e independência do órgão perante o MEC, por ciúmes, pela falta de interlocução do ministro junto ao Congresso Nacional e pela inabilidade política” de Weintraub.
“A autonomia do órgão se faz fundamental neste momento de paralisia da Educação para que os estragos sejam os menores possíveis para o Brasil.”
Rodrigo Dias também se defendeu de qualquer responsabilidade na assinatura da ata de registro de preços da Brink Mobil, investigada na Operação Calvário.
“A ata de registro de preço homologada foi aprovada e sua regularidade atestada pela Advocacia-Geral da União, por duas diretorias do órgão e pelo corpo técnico do FNDE. Salienta-se que os diretores que assinaram à época, antes da minha assunção ao cargo, haviam sido indicados pelo ministro Abraham Weintraub. Eram pessoas de sua confiança. Reforço que todo o processo ocorreu antes da minha posse.
Antes da homologação da ata, enviei ofício ao CADE sobre a regularidade da referida empresa em contratar com o poder público . A resposta foi positiva.
A operação da Polícia Federal se deu em outra unidade federativa em contrato que nada tem a ver com a ata homologada, que diz respeito ao fornecimento de material escolar para região Centro-Oeste. Tal operação se deu a posteriori à referida homologação.”
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