Ex-governador de Tocantins é alvo de operação da PF
Mauro Carlesse é investigado por possíveis crimes de fraude a licitação que teriam ocorrido em 2018
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira, 26, uma operação para apurar possíveis crimes de fraude a licitação que teriam ocorrido em 2018 em Tocantins, no âmbito da extinta Secretaria de Infraestrutura, Cidades e Habitação do estado. Um dos alvos foi o ex-governador Mauro Carlesse (foto), que renunciou em março de 2022 após denúncias de corrupção.
Batizada de Timóteo 6:9, a operação investiga os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Por determinação da 4ª Vara Federal de Palmas, mais de 100 policiais federais foram às ruas cumprir 30 mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares em Palmas, Gurupi e Dianópolis.
“O procedimento licitatório investigado tinha por objetivo a contratação de empresa especializada na prestação de serviços de locação de máquinas pesadas e caminhões, fornecimento de combustível e manutenção preventiva e corretiva, para atender os escritórios da Agência Tocantinense de Transportes e Obras – AGETO”, informou a Polícia Federal em comunicado.
Atual governador de Tocantins também está na mira da PF
O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) e sua família foram alvos na quarta-feira, 21, da Operação Fames-19, que apura irregularidades na distribuição de cestas básicas, realizadas entre 2020 e 2021.
O chefe do Executivo de Tocantins, que na época do suposto esquema ocupava o cargo de vice-governador, é investigado por sua possível participação em um esquema de desvio de recursos públicos, utilizando-se do estado de emergência em saúde para fins ilícitos.
Segundo a PF, empresas contratadas durante a pandemia receberam integralmente os valores contratados, mas entregaram apenas uma fração do quantitativo acordado.
Ao todo, foram expedidos 42 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares patrimoniais, envolvendo não só membros da administração pública, mas também empresários locais.
Em nota, o governo do Tocantins afirmou estar colaborando com as investigações e ter interesse em esclarecer os fatos.
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