Ex-diretor da Brasil Paralelo, influenciador é acusado de assédio sexual e moral
Ação judicial aponta abusos psicológicos e chantagem praticados por Guilherme Freire
Catarina Ramos Zavaglia Torres, ex-funcionária da produtora Brasil Paralelo, entrou com uma ação judicial contra o influenciador e ex-diretor da empresa, Guilherme Freire, por assédio sexual e moral. A empresa, com 500 mil assinantes, busca se desvincular de polêmicas enquanto Freire nega as acusações.
Catarina acusa Freire de uma série de condutas abusivas enquanto trabalhava na produtora. Segundo o processo, ele utilizava sua posição para intimidá-la, fazendo comentários sobre sua aparência disfarçados de “conselhos paternais”.
“Você precisa fazer o que eu vou te pedir, senão vai embora”, teria dito Freire em uma reunião privada. Além das insinuações, Catarina relata que o abuso psicológico levou ao desenvolvimento de disautonomia e doenças neurossomatoformes, que impactaram sua saúde e carreira.
A disautonomia é uma condição que afeta o sistema nervoso autônomo (SNA), responsável por regular funções automáticas do corpo, como circulação sanguínea, pressão arterial, frequência cardíaca e movimentos intestinais. Já o transtorno somatoforme é um diagnóstico médico aplicado a doenças cujos sintomas persistem, mesmo que os problemas físicos identificados não justifiquem totalmente sua gravidade ou impacto. Essa condição está frequentemente associada a uma busca contínua por assistência médica e apoio de familiares e amigos.
A ação também menciona a existência de outras vítimas, sugerindo que ao menos três mulheres passaram por situações semelhantes. Catarina solicita indenização por danos morais no valor de R$ 200 mil, além de pensão vitalícia e pagamento de lucros cessantes.
Enquanto o processo corre em segredo de justiça, o advogado de Freire, Miguel Vidigal, afirmou que as acusações são “calúnias” e que a defesa será feita em juízo. A Brasil Paralelo, por sua vez, informou que está colaborando com as investigações e tomou medidas internas para tratar do caso.
A produtora, que dobrou seu faturamento para R$ 150 milhões em 2022, ano em que Jair Bolsonaro tentou a reeleição, vem tentando evitar polêmicas públicas e consolidar-se como uma “mediatech conservadora” com ambições de se tornar “a Disney brasileira”.
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Comentários (1)
Marcia Elizabeth Brunetti
24.10.2024 10:16Nossa! Ele tinha uma cara de marido fiel admirável. A pureza em pessoa. Vamos aguardar o desenvolvimento desse processo.