Ex acusa Arthur Lira de esconder quase R$ 10 milhões da Justiça Eleitoral
A ex-mulher do deputado Arthur Lira (PP-AL), Julyenne Santos Lins, disse ao Supremo que seu ex-marido vem ocultando patrimônio da Justiça Eleitoral...
A ex-mulher do deputado Arthur Lira (PP-AL), Julyenne Santos Lins, disse ao Supremo que seu ex-marido vem ocultando patrimônio da Justiça Eleitoral. Em 2018, ele declarou ao TSE patrimônio de R$ 1,7 milhão. Mas, segundo Julyenne, Lira apresentou ao processo de divórcio do casal um papel com anotações de bens que somam R$ 11 milhões.
As acusações foram feitas num pedido de abertura de inquérito contra Lira. Na petição, Julyenne acusa o ex-marido de cometer crime contra sua honra por chamá-la de “notória vigarista” em entrevista à Veja.
Já a declaração de Lira foi feita em resposta às acusações da ex-mulher de que ele recebia remessas mensais de propina que variavam entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão desde que era deputado estadual em Alagoas. “O dinheiro chegava lá em casa em malotes”, disse Julyenne à Veja.
No pedido de abertura de inquérito por crime contra a honra, a ex de Lira também pede que o deputado seja investigado por abuso de poder econômico e caixa dois nas eleições de 2018. O relator é o ministro Luís Roberto Barroso, que ainda não tomou decisões no caso.
Lira se defendeu de sua ex já no Supremo. Segundo ele, a acusação é “mais uma fabulação para tentar obter alguma vantagem com tais ardis”.
O deputado disse que já foi acusado de diversos crimes pela ex, que sempre retira a queixa por não conseguir apresentar provas. Uma dessas acusações, disse, foi de lesão corporal – segundo Lira, a própria Julyenne disse à polícia que a agressão nunca aconteceu.
O deputado também acusa a ex e o atual de golpista. Diz que ela deve quase R$ 50 mil de condomínio de um apartamento que ocupa em decorrência do acordo de separação, e deve outros R$ 50 mil à escola dos filhos – que moram com Lira desde 2017, segundo ele.
Na petição, Lira também lembra que a mesma acusação de crime eleitoral foi feita por Julyenne à Lava Jato em Curitiba, que encaminhou o caso à PGR, que em fevereiro declinou da competência e remeteu o caso à Justiça Eleitoral.
“O que se tem, em verdade, é a intenção da Querelada de difundir mentiras e factóides contra o Defendido, com fito exclusivo de prejudicá-lo, o que não foi diferente no caso da “denúncia” feita à revista Veja”, disse ele.
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