Estudante entrega: Lula foi inaugurar campus pela metade
"Hoje ela está pronta com alguma coisa faltando", teve de admitir o presidente ao discursar após a aluna da unidade da Unifesp em Osasco
Lula participou de uma cerimônia de “inauguração” de um campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Osasco, na região metropolitana da capital paulista, nesta sexta-feira, 5 de julho.
Durante o evento, a representante discente, Jamilly Fernandes, de 19 anos, revelou que somente parte do campus estava concluída. Segundo ela, “apenas metade“.
“Finalmente, estamos presenciando a inauguração oficial de apenas metade de um novo campus da Unifesp”, disse Jamilly, que é aluna do curso de direito da universidade.
Ela então listou as estruturas que ainda falta serem entregues: “É necessário reforçar que as obras do campus não estão completas e ainda nos falta o auditório, o prédio da biblioteca, a quadra e os anfiteatros”.
A declaração de Jamilly, que antecedeu a intervenção de Lula, acabou pautando o discurso do petista.
“Hoje, graças a Deus, ela [a universidade] está pronta, com alguma coisa faltando“, afirmou Lula no palanque.
Inaugurar obras pela metade não é algo tão raro, mas se torna ainda mais reprovável quando feito para se promover em pleno ano eleitoral.
Dos pobres para os mais ricos
Enquanto oferece desconto de 50% nas multas bilionárias dos empresários que confessaram ter praticado suborno durante as gestões passadas do PT, o governo Lula (foto) não apenas taxa em 20% as compras internacionais até 50 dólares, como também corta 25,9 bilhões de reais não em privilégios das elites, mas em benefícios sociais.
“Nós já identificamos, e o presidente autorizou levar à frente, 25,9 bilhões de reais de despesas obrigatórias que vão ser cortadas. Isso foi feito com as equipes dos ministérios. Isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com o espírito dos programas sociais que foram criados. Isso para o ano que vem. É o pente fino dos benefícios”, anunciou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na quarta-feira, 3 de julho.
É preciso imaginar o escândalo e, portanto, a diferença de magnitude na repercussão desta fala, se fosse um governo de direita a anunciar um corte de dezenas de bilhões de reais de programas destinados à população de baixa renda, que dirá se o fizesse sem sequer detalhar os critérios utilizados, alegando apenas que eles existem, como quem diz: confia.
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