A Polícia Federal, em parceria com o Ministério da Previdência Social, deteve nesta quarta-feira, 17, três estagiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na Bahia, suspeitos de envolvimento em um esquema de fraude na concessão de empréstimos consignados. Um dos envolvidos, maior de idade, foi preso em flagrante, enquanto duas adolescentes que trabalhavam na mesma agência do INSS em Salvador foram apreendidas.

As investigações preliminares apontam que os estagiários desbloqueavam benefícios previdenciários sem o consentimento dos titulares, utilizando documentos falsos inseridos nos sistemas do INSS. Com os benefícios desbloqueados, outros participantes do esquema contratavam empréstimos consignados em nome dos beneficiários lesados, que não tinham conhecimento da fraude.

O que vai acontecer com os estagiários

A operação desta quarta-feira foi conduzida pela Polícia Federal, com o apoio do Ministério da Previdência Social. Até o momento, as autoridades não divulgaram o valor total do prejuízo causado pelo esquema fraudulento.

Após a ação, o estagiário maior de idade foi levado à Superintendência Regional da Polícia Federal na Bahia. As adolescentes apreendidas foram encaminhadas à Delegacia do Adolescente Infrator. Os três envolvidos podem ser responsabilizados por crimes de inserção de dados falsos nos sistemas de informação. A pena para o estagiário maior de idade pode chegar a 12 anos de reclusão.

Aposentadas e perigosas

No começo deste mês, a Polícia Civil de Goiás efetuou a prisão de um grupo peculiar: quatro idosos, com idades entre 66 e 78 anos, que faziam parte de um esquema fraudulento envolvendo bancos e benefícios do INSS. O grupo foi detido enquanto tentava executar mais um crime em uma agência bancária.

A equipe foi capturada após uma funcionária do banco Itaú, localizado em Orizona, suspeitar dos documentos apresentados por uma das acusadas. Os suspeitos, já eram conhecidos nas dependências do banco pela tentativa de aplicar golpes anteriormente. Ele tentavam sacar o benefício de prestação continuada utilizando identificações falsas.

Segundo as investigações, os integrantes do grupo faziam-se passar por beneficiários do INSS e operavam majoritariamente em pequenas cidades próximas a Goiânia. Com documentos forjados, tentavam realizar saques e outros tipos de operações financeiras fraudulentas. Na ocasião da prisão, foram encontrados com eles diversos documentos falsos e uma quantia em dinheiro, implicando diretamente nas tentativas de fraude.