Simone questiona inconsistências na negociação com a Precisa
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) apresentou há pouco à CPI da Covid uma série de inconsistências nas tratativas entre a Precisa Medicamentos e Ministério da Saúde para o fornecimento de 20 milhões de doses da vacina Covaxin...
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) apresentou há pouco à CPI da Covid uma série de inconsistências nas tratativas entre a Precisa Medicamentos e Ministério da Saúde para o fornecimento de 20 milhões de doses da vacina Covaxin.
Nos documentos apresentados aos senadores, a parlamentar disse que, em nenhum momento, ficou claro que a Precisa Medicamentos era a única importadora da Covaxin.
Além disso, a senadora deixou claro, após exibir troca de emails, que Túlio Silveira participou das tratativas entre a empresa e o Ministério da Saúde. No início da sessão de hoje da CPI, Silveira negou que tivesse participado das negociações entre a Precisa e a pasta.
Ele, inclusive, fez pressão junto à Secretaria Executiva do Ministério da Saúde para que fosse assinado, o quanto antes, o acordo entre a Precisa e a pasta.
A senadora também alegou que a primeira invoice (nota fiscal internacional) apresentada pela Precisa Medicamentos para o pagamento de US$ 45 milhões para a entrega de 3 milhões de doses estava com todos os dados corretos, ao contrário do que alegou a própria Precisa Medicamentos em emails encaminhados ao Ministério da Saúde.
Tebet também ratificou que outros documentos entregues pela Precisa Medicamentos ao Ministério da Saúde, como a suposta procuração do laboratório Bharat Biotech, tinham erros grosseiros, com “sérios indícios de falsificação” nas palavras da parlamentar.
“Qualquer um consegue enxergar que [os documentos] são falsos e eles não poderiam ser recebidos pelo Ministério da Saúde”, disse Tebet.
“A Precisa não é importadora. Ela não é exportadora, ela não é fabricante. Ela não poderia participar dessas tratativas”, afirmou a parlamentar.
“Esse processo está todo errado”, concluiu.
Leia as principais conclusões da senadora Simone Tebet:
– A primeira invoice, no valor de US$ 45 milhões, encaminhada pela Precisa Medicamentos dizia que seriam encaminhados 300 mil frascos da vacina Covaxin. Cada frasco equivalia a 10 doses de vacinas. Ou seja, o primeiro pedido de importação era de 3 milhões de dose de vacina. Mesmo assim, a Precisa Medicamentos solicitou a correção da invoice para que fosse acrescido cerca de US$ 1 milhão para pagamento de taxas;
– Em nenhum dos documentos apresentados ao Ministério da Saúde, desde o ano passado, a Precisa Medicamentos afirmava que era a importadora exclusiva da Covaxin. A empresa, segundo Simone Tebet, sempre se apresentou com uma representante não exclusiva do laboratório Bharat Biotech. Na visão da senadora, por essa razão, a Precisa não poderia assinar contratos com o Ministério da Saúde;
– Tebet voltou a apresentar a procuração do laboratório Bharat Biotech concedendo amplos poderes à Precisa Medicamentos com indícios de falsificação. Por conta desse documento, o laboratório cancelou o acordo de fornecimento de vacinas com a Precisa Medicamentos.
Assista:
Simone questiona inconsistências na negociação com a Precisa
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) apresentou há pouco à CPI da Covid uma série de inconsistências nas tratativas entre a Precisa Medicamentos e Ministério da Saúde para o fornecimento de 20 milhões de doses da vacina Covaxin...
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) apresentou há pouco à CPI da Covid uma série de inconsistências nas tratativas entre a Precisa Medicamentos e Ministério da Saúde para o fornecimento de 20 milhões de doses da vacina Covaxin.
Nos documentos apresentados aos senadores, a parlamentar disse que, em nenhum momento, ficou claro que a Precisa Medicamentos era a única importadora da Covaxin.
Além disso, a senadora deixou claro, após exibir troca de emails, que Túlio Silveira participou das tratativas entre a empresa e o Ministério da Saúde. No início da sessão de hoje da CPI, Silveira negou que tivesse participado das negociações entre a Precisa e a pasta.
Ele, inclusive, fez pressão junto à Secretaria Executiva do Ministério da Saúde para que fosse assinado, o quanto antes, o acordo entre a Precisa e a pasta.
A senadora também alegou que a primeira invoice (nota fiscal internacional) apresentada pela Precisa Medicamentos para o pagamento de US$ 45 milhões para a entrega de 3 milhões de doses estava com todos os dados corretos, ao contrário do que alegou a própria Precisa Medicamentos em emails encaminhados ao Ministério da Saúde.
Tebet também ratificou que outros documentos entregues pela Precisa Medicamentos ao Ministério da Saúde, como a suposta procuração do laboratório Bharat Biotech, tinham erros grosseiros, com “sérios indícios de falsificação” nas palavras da parlamentar.
“Qualquer um consegue enxergar que [os documentos] são falsos e eles não poderiam ser recebidos pelo Ministério da Saúde”, disse Tebet.
“A Precisa não é importadora. Ela não é exportadora, ela não é fabricante. Ela não poderia participar dessas tratativas”, afirmou a parlamentar.
“Esse processo está todo errado”, concluiu.
Leia as principais conclusões da senadora Simone Tebet:
– A primeira invoice, no valor de US$ 45 milhões, encaminhada pela Precisa Medicamentos dizia que seriam encaminhados 300 mil frascos da vacina Covaxin. Cada frasco equivalia a 10 doses de vacinas. Ou seja, o primeiro pedido de importação era de 3 milhões de dose de vacina. Mesmo assim, a Precisa Medicamentos solicitou a correção da invoice para que fosse acrescido cerca de US$ 1 milhão para pagamento de taxas;
– Em nenhum dos documentos apresentados ao Ministério da Saúde, desde o ano passado, a Precisa Medicamentos afirmava que era a importadora exclusiva da Covaxin. A empresa, segundo Simone Tebet, sempre se apresentou com uma representante não exclusiva do laboratório Bharat Biotech. Na visão da senadora, por essa razão, a Precisa não poderia assinar contratos com o Ministério da Saúde;
– Tebet voltou a apresentar a procuração do laboratório Bharat Biotech concedendo amplos poderes à Precisa Medicamentos com indícios de falsificação. Por conta desse documento, o laboratório cancelou o acordo de fornecimento de vacinas com a Precisa Medicamentos.
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