“Erro básico”, diz chefe da PM sobre agente que atirou homem de ponte
Coronel Cássio Araújo de Freitas considerou um "erro emocional" a ação do PM que jogou o homem do alto da ponte
O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, o coronel Cássio Araújo de Freitas, afirmou nesta terça-feira, 3, que o agente flagrado jogando um homem do alto de uma ponte, na capital paulista, cometeu um “erro básico”.
“Eu considero um erro básico. Um erro emocional de jogar o rapaz ali. Aquilo era quase infantil um negócio daquele. Comete um erro básico, vai ser julgado por aquilo“, disse.
Para o coronel, o caso “foge demais da normalidade” dos procedimentos dos policiais:
“Parece que foi quase uma brincadeira dele ter feito aquilo ali. Porque a informação que nós temos é que eles estavam atuando, fizeram a apreensão de uma motocicleta e depois, sem nenhuma razão aparente, ele fez aquilo ali.“
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), prometeu nesta terça-feira, 3, punir “rigorosamente” o policial militar flagrado jogando um homem do alto de uma ponte na capital paulista.
” A Polícia Militar de São Paulo é uma instituição que preza, acima de tudo, pelo seu profissionalismo na hora de proteger as pessoas. Policial está na rua pra enfrentar o crime e pra fazer com que as pessoas se sintam seguras. Aquele que atira pelas costas, aquele que chega ao absurdo de jogar uma pessoa da ponte, evidentemente não está à altura de usar essa farda. Esses casos serão investigados e rigorosamente punidos. Além disso, outras providências serão tomadas em breve”, escreveu Tarcísio no X.
Derrite determina afastamento de PMs envolvidos
No X, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, informou ter determinado o afastamento imediato dos PMs envolvidos no caso.
“Determinei o afastamento imediato dos policiais envolvidos nessa cena lamentável. A missão da Polícia Militar difere em muito desse tipo de atitude. Eles passam a cumprir expediente na Corregedoria da PM até que os fatos sejam apurados.”
Em vídeo, Derrite disse ainda que a ação “não encontra respaldo nenhum nos procedimentos operacionais da Polícia Militar”.
“Ações isoladas como essa não podem denegrir a imagem de uma instituição que tem quase 200 anos de bons serviços prestados”, acrescentou.
13 PMs afastados das ruas
Ao todo, a Corregedoria da Polícia Militar afastou treze policiais envolvidos direta ou indiretamente no episódio, todos do 24° Batalhão da PM, localizado em Diadema, na Grande São Paulo.
Até o momento, não há pedido de prisão para nenhum dos policiais envolvidos.
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