Entregadores do iFood sofrem mais de 13 mil casos de violência em apenas três meses
Explore a alarmante onda de violência contra entregadores do iFood no Brasil, com mais de 13 mil casos registrados só em 2023
Um número crescente de violência e ameaças contra entregadores de aplicativo tem chamado atenção no Brasil. Em apenas três meses de 2024, a empresa de delivery iFood constatou mais de 13 mil registros de violência contra seus entregadores.
Mais de 800 casos registrados em apenas seis dias
A empresa informa que desde o início do ano foram computadas 13.576 denúncias. Apenas nos primeiros seis dias de março já tinham sido registradas 810 ocorrências. O caso mais recente é o do entregador Nilton Ramon de Oliveira, de 25 anos. Ele foi atingido por disparos de arma de fogo na segunda-feira (4) após um cliente se recusar a recebê-lo na portaria de um prédio na Vila Valqueire, Zona Norte do Rio de Janeiro.
16% dos casos envolvem entregadores que têm que subir até os apartamentos
A história de Nilton Ramon de Oliveira ilustra um cenário recorrente e que corresponde a 16% das ocorrências atendidas pela Central de Apoio Psicológico e Jurídico do iFood. A empresa afirma que a recomendação aos entregadores é para que o pedido seja entregue no primeiro ponto de contato com o cliente, seja esse o portão da residência ou a portaria do edifício.
Desde sua criação, a Central de Apoio Psicológico e Jurídico do iFood já atendeu 167 colaboradores
Segundo informações da empresa, desde a criação da Central de Apoio Psicológico e Jurídico, 167 colaboradores já usufruíram dos serviços de assistência jurídica e/ou psicológica. Dessas solicitações de apoio, 36 são originárias do estado de São Paulo. Na região, a maior incidência é de agressão física, com 33%, seguido por discriminação racial (22%) e ameaça (19%).
Ações de conscientização em parceria com o Secovi Rio
O iFood informou ainda que, desde o ano passado, desenvolve iniciativas conjuntas com o Secovi Rio (Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro). O objetivo é conscientizar moradores e capacitar porteiros e síndicos de condomínios da cidade. Ainda segundo a empresa, existe a possibilidade de atendimento jurídico presencial na sede das Black Sisters in Law (BSL), coletivo de advogadas negras que fornece assistência a profissionais que foram vítimas de qualquer tipo de violência.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)