Entenda as novas regras da anvisa para proibição do álcool 70
Descubra por que a Anvisa restringe a venda de álcool 70% líquido e como essa medida afeta a segurança e saúde pública. Saiba mais!
A recente decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de restringir a venda de álcool 70% líquido reacendeu uma série de discussões sobre saúde pública, segurança e práticas de prevenção. A medida, que passa a vigorar a partir do dia 30 de abril de 2024, limita a comercialização desta substância na forma líquida, mantendo-a disponível apenas em concentrações inferiores a 54º GL e em alternativas como o gel.
Por que a Anvisa Decidiu Restringir a Venda de Álcool 70% Líquido?
Em março de 2020, a permissão para a venda do álcool 70% líquido foi uma resposta imediata ao combate à pandemia da Covid-19, visando facilitar a desinfecção de mãos e superfícies. Essa decisão temporária foi prorrogada até 31 de dezembro de 2023, com um período adicional para esgotamento de estoques. Contudo, a Anvisa e especialistas apontam para o aumento nos riscos de acidentes, especialmente queimaduras, como um dos principais motivos para a revisão dessa flexibilização.
Qual a Posição dos Especialistas Sobre o Uso do Álcool 70%?
Segundo Reinaldo Bazito, professor do Instituto de Química da USP, a eficácia do álcool 70% na desinfecção é inquestionável, porém a forma líquida apresenta riscos significativos devido à sua alta inflamabilidade. Já a variação em gel ou outras formas como lenços impregnados e aerossóis oferecem segurança e mantêm a eficácia desinfetante, justificando a preferência da agência reguladora por essas alternativas.
Impacto da Restrição na Saúde Pública
A proibição da venda livre de álcool líquido 70% não significa o fim de sua utilização para desinfecção. Pelo contrário, a medida busca canalizar o seu uso em formatos mais seguros como o gel, reduzindo assim o número de acidentes. A SBQ (Sociedade Brasileira de Queimaduras) relata um aumento significativo nas ocorrências de queimaduras associadas ao uso doméstico de álcool durante a pandemia, ressaltando a necessidade de medidas preventivas e educativas continuadas.
Em resposta à proibição, algumas vozes se levantaram questionando a restrição, especialmente devido ao uso do álcool líquido como alternativa ao gás de cozinha, evidenciando questões sociais subjacentes. A Anvisa e especialistas reforçam a importância de abordar essas necessidades de maneira segura, recomendando alternativas menos perigosas para a população.
Essa decisão da Anvisa reflete um equilíbrio entre a necessidade de manter práticas eficazes de desinfecção acessíveis ao público e a importância de prevenir acidentes. A participação e a conscientização da sociedade são essenciais para garantir que o objetivo de segurança e prevenção seja alcançado.
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