“Enem não demoniza o agronegócio”, diz presidente do Inep
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, negou nesta nesta quarta-feira, 8, que...
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, negou nesta nesta quarta-feira, 8, que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) demonize o agronegócio. Ele rebateu as críticas à prova do último fim de semana durante audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
“É claro que o Enem não demoniza o agronegócio, é claro que o Inep não demoniza o agronegócio. É claro que todos reconhecemos a imensa importância do agronegócio no País. Mas isso não precisa ser dito, é um tanto óbvio”, disse.
Palácio destacou ainda que o edital que selecionou os elaboradores para o Enem 2023 foi feito em 2020, durante o governo Jair Bolsonaro. “Se há algum tipo de seleção enviesada, ela vem sendo enviesada há muito tempo”, disse o presidente do Inep, que seguiu: “Na verdade, não há nada além da seleção pública de profissionais da educação por meio de critérios objetivos de currículo”.
“É claro que o Enem não demoniza o agronegócio”, diz o presidente do Inep, Manuel Palácios, em audiência na Câmara: https://t.co/KnOdYyA3Vs. pic.twitter.com/5q38WIAUlB
— O Antagonista (@o_antagonista) November 9, 2023
Críticas
Durante a audiência, o deputado Sargento Gonçalves (PL-RN) destacou uma questão do Enem que abordou fatores negativos do agronegócio no Cerrado, mencionando a “superexploração” dos trabalhadores e “chuvas de veneno”, em referência ao uso de defensores agrícolas. “Com propósito puramente ideológico, ele [o autor da questão] impõe ao candidato daquele certame ou que pense igual a ele, que elaborou a prova, ou perca aquela questão.”
O deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) foi mais direto. “É isto que está no Enem: que o agronegócio mata. Isso é absurdo (…) “Não existe chuva de veneno em lugar nenhum no mundo. Isso é guerra ideológica, não é agronegócio”.
Durante a reunião, o presidente da comissão, Moses Rodrigues (União-CE), informou que houve acordo para o comparecimento do ministro da Educação, Camilo Santana, a audiência pública conjunta das comissões de Educação; de Fiscalização Financeira e Controle; e de Agricultura, para o próximo dia 22, para tratar do assunto.
Com informações da Câmara de Notícias
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