Encontramos alguém que gostou do pacote de Haddad: Lula
O petista afirmou que o pacote de contenção de gastos é uma "medida extraordinária" para "cumprir o arcabouço fiscal"
No dia em que o dólar fechou a R$ 5,98 pela primeira vez na história, o presidente Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira, 28, que o pacote de corte de gastos, anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é uma “medida extraordinária” para cumprir o arcabouço fiscal, em evento sobre a Transnordestina.
“Participei da reunião com o presidente do Senado (Rodrigo Pacheco), com o presidente da Câmara (Arthur Lira), com os líderes da Câmara dos Deputados, uma medida extraordinária que é de contenção do excesso de despesas, porque nós temos que cumprir o arcabouço fiscal.“
O petista aprovou a nova política de isenção de Imposto de Renda a quem recebe até R$ 5 mil por mês, anunciada por Haddad e disse “porque não é possível que os pobres sejam aqueles que pagam Imposto de Renda“.
Lula defendeu a cobrança de um imposto de 10% a quem recebe mais de R$ 50 mil. Segundo ele “vai ser uma coisa muito tranquila”.
‘Ao mesmo tempo, a gente pegar aquelas pessoas mais ricas, sem nenhum abuso, com muita neutralidade, a gente cobrar um percentual daquilo que eles ganham, que é muito baixo. Ou seja, cobrar 10% daquilo de quem ganha acima de 50 mil , acima de 100 mil, acima de 200 mil, acima de 1 milhão.“
O pacote do governo Lula
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou na quarta-feira, 27, as medidas que farão parte do pacote de cortes de gastos do governo.
A promessa é economizar 70 bilhões de reais em dois anos.
Para atingir essa meta, as emendas parlamentares terão um crescimento limitado pelas regras fiscais. Além disso, metade das emendas das comissões do Congresso será destinada obrigatoriamente à saúde pública, fortalecendo o Sistema Único de Saúde (SUS).
“O montante global das emendas parlamentares crescerá abaixo do limite das regras fiscais. Além disso, 50% das emendas das comissões do Congresso passarão a ir obrigatoriamente para a saúde pública, reforçando o SUS”, detalhou o pronunciamento.
“Para garantir os resultados que esperamos, em caso de déficit primário, ficará proibida a criação, ampliação ou prorrogação de benefícios tributários”, explicou Haddad.
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