Empresário que comprou apartamento de Flávio Bolsonaro coleciona problemas com a Justiça
Em março deste ano, O Antagonista revelou que Flávio Bolsonaro comprou uma mansão de quase R$ 6 milhões em Brasília. Ao tentar justificar o negócio, o senador alegou que parte do dinheiro teria sido obtido com a venda de um apartamento na Barra da Tijuca.
Em março deste ano, O Antagonista revelou que Flávio Bolsonaro comprou uma mansão de quase R$ 6 milhões em Brasília. Ao tentar justificar o negócio, o senador alegou que parte do dinheiro teria sido obtido com a venda de um apartamento na Barra da Tijuca.
A venda do imóvel, porém, ainda não foi registrada em cartório. E o nome do comprador também era desconhecido até agora: trata-se do empresário baiano Gervásio Meneses de Oliveira, velho conhecido da Justiça.
A informação foi publicada inicialmente pela Veja e confirmada por O Antagonista. Segundo a assessoria de imprensa de Gervásio, a aquisição do imóvel “foi feita com promessa de compra e venda”. Ela diz que o empresário não sabia que estava comprando o apartamento de Flávio, a quem diz conhecer superficialmente.
“Eles se encontraram rapidamente antes numa festa de uma amiga comum”, afirma a assessora, sem saber precisar quando ocorreu o encontro e de quem era o aniversário.
No ano passado, Gervásio foi denunciado pela PGR na Operação Injusta Causa. O empresário é apontado pelo órgão como o responsável por pagar propina a juízes do trabalho em troca de decisões favoráveis às suas empresas.
Em 2016, segundo a PGR, a desembargadora Maria Adna Aguiar do Nascimento e a juíza Marúcia Belov receberam propina para beneficiar o Grupo FTC, que pertence ao empresário, em uma ação que totaliza R$ 96,8 milhões em débitos trabalhistas.
As duas juízas do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5), em Salvador, teriam suspendido o pagamento desse valor em troca de propinas pagas pelo empresário. Ao todo, o esquema teria movimentado R$ 250 mil.
Quase 10 anos antes, Gervásio também lutou no STF por sua liberdade. Após ser acusado de fraudes em licitações de serviços de segurança e limpeza na Bahia, ele teve a prisão decretada pelo STJ, mas fugiu e apresentou um habeas corpus no Supremo. E conseguiu.
Em 2007, Gervásio Oliveira foi investigado na Operação Navalha, depois de ter sido pego em grampos telefônicos que tinham como alvo oito empresários do ramo de segurança e prestação de serviços.
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