Empresário executado no aeroporto de Guarulhos levou 10 tiros
Jurado de morte pelo PCC, Antônio Gritzbach foi executado pouco depois de deixar a área de desembarque do terminal 2
O empresário Antônio Gritzbach (foto), executado na tarde de sexta-feira, 8, no Aeroporto de Guarulhos (SP), levou dez tiros, segundo a Polícia Civil de São Paulo.
Gritzbach, 38, jurado de morte pelo PCC, foi morto pouco depois de deixar a área de desembarque do terminal 2. Ele foi alvejado à luz do dia, por volta das 16h, por dois homens que desceram de um carro preto.
De acordo com o registro policial, os homens realizaram ao menos 29 disparos, de calibres diversos. Gritzbach foi atingido por 4 tiros no braço direito, 2 no rosto, 1 nas costas, 1 na perna esquerda, 1 no tórax e 1 no flanco direito.
A polícia apreendeu duas armas: um fuzil e uma pistola. As armas estavam em uma sacola próximo ao local em que o carro usado pelos criminosos foi abandonado, em Guarulhos.
Ainda não há informações sobre os atiradores, que estão foragidos, mas investigadores acreditam que são pessoas treinadas para esse tipo de situação.
No tiroteio, outras três pessoas ficaram feridas. Até a publicação desta matéria, duas ainda seguem na UTI.
PMs são afastados
Os policiais militares responsáveis pela segurança do empresário Antônio Gritzbach foram afastados preventivamente da corporação. A Polícia Civil de São Paulo também apreendeu seus celulares.
Os policiais que escoltavam o empresário se apresentaram espontaneamente no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa horas depois do crime.
Em publicação nas redes sociais, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que o ataque está possivelmente ligado ao crime organizado.
“Tudo indica que a ação criminosa ocorrida hoje no Aeroporto de Guarulhos está associada ao crime organizado. Todas as circunstâncias serão rigorosamente investigadas e todos os responsáveis serão severamente punidos. Reforço meu compromisso de seguir combatendo o crime organizado em São Paulo com firmeza e coragem”, escreveu Tarcísio no X.
Caiado cobra “resposta dura” do governo Lula
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, se manifestou nas redes sociais que o ataque a tiros Aeroporto de Guarulhos.
Em publicação no X, Caiado afirmou cobrou uma “resposta dura” do governo Lula no combate ao crime organizado.
“O PCC se permite a audácia de entrar no maior aeroporto do Brasil e executar, com tiros de fuzil, uma testemunha. Atuam à vontade, à luz do dia. Ou o estado brasileiro acaba com as facções ou as facções tomarão de vez o estado brasileiro. O atentado foi cometido no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Uma área sob jurisdição federal. Um crime possivelmente fruto de delação sobre lavagem de dinheiro envolvendo o tráfico, que também é da alçada do governo federal”, escreveu o governador.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)