Uma das empresas investigadas no escândalo conhecido como máfia das creches repassou dinheiro ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e a sua empresa, diz a Folha.

O jornal teve acesso à quebra de sigilo bancário do emedebista. Segundo os documentos, eles envolvem cerca de R$ 31 mil em ao menos três operações. Duas foram feitas no início de 2018, quando Nunes era vereador.

Na época, ele mantinha relações com empresas ligadas ao gerenciamento de creches.

Nunes nega que os repasses sejam ilícitos.

A investigação, que teve início com a Polícia Civil, foi transferida para a Justiça Federal, pela presença entre os valores desviados de recursos públicos “provenientes da União, mediante adulteração/falsificação de guias de Previdência Social, comprovantes bancários e notas fiscais”.

Segundo policiais civis ouvidos pela reportagem, como a investigação foi suspensa tão logo a quebra de sigilo indicou o possível envolvimento do prefeito no esquema, não é possível dizer se houve ilegalidade ou não nos repasses.