“Embora não seja ilegal, não há como negar que a conversa entre Executivo e Legislativo continua sendo feita por emendas”
Gil Castelo Branco, fundador da ONG Contas Abertas, comentou o levantamento feito com exclusividade para O Antagonista mostrando o montante de emendas liberadas pelo governo de Jair Bolsonaro em meio à votação da reforma da Previdência. "Embora não seja ilegal, não há como negar que a conversa...
Gil Castelo Branco, fundador da ONG Contas Abertas, comentou o levantamento feito com exclusividade para O Antagonista mostrando o montante de emendas liberadas pelo governo de Jair Bolsonaro em meio à votação da reforma da Previdência.
“Embora não seja ilegal, não há como negar que a conversa entre Executivo e Legislativo continua sendo feita por emendas. Podem até acontecer outros tipos de negociações, mas as emendas são sempre liberadas em ocasiões estratégicas.”
O economista reforça que não há ilegalidade na liberação das emendas, uma vez que elas se tornaram impositivas, ou seja, o governo é obrigado a empenhar esses valores. Mas pondera:
“Não há dúvidas de que a liberação de emendas continua ocorrendo, a conta-gotas e de forma estratégica, em momentos que interessam, sobretudo, ao Executivo. Isso não há como negar, porque os números estão aí. O que está acontecendo neste momento, em meio à aprovação da reforma da Previdência no governo de Jair Bolsonaro, não é nada diferente do que acontece há décadas no país. Talvez seja menos grave, porque as emendas são impositivas, mas a lógica na relação com o Legislativo é exatamente a mesma.”
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