Em um ano, Judiciário enterra duas delações contra esquemas nos tribunais
A recente decisão da Justiça do Rio de Janeiro de trancar a investigação da Operação E$quema S, na qual a Lava Jato fluminense havia denunciado desvios de 151 milhões de reais de recursos públicos, não apenas livrou advogados renomados do banco dos réus como enterrou a segunda delação-chave contra supostos esquemas de corrupção nos tribunais superiores, diz a Crusoé...
A recente decisão da Justiça do Rio de Janeiro de trancar a investigação da Operação E$quema S, na qual a Lava Jato fluminense havia denunciado desvios de 151 milhões de reais de recursos públicos, não apenas livrou advogados renomados do banco dos réus como enterrou a segunda delação-chave contra supostos esquemas de corrupção nos tribunais superiores, diz a Crusoé.
“No último dia 4, o juiz Marcelo Rubiolli, da 1ª Vara Criminal Especializada do Rio, decidiu anular o acordo de colaboração premiada feito pela Lava Jato com Orlando Diniz (foto). Ex-presidente da Fecomércio fluminense, ele delatou ter feito repasses milionários a escritórios de advocacia em troca de decisões judiciais favoráveis nas cortes onde era investigado.
“Após analisar o processo, o juiz concluiu que os procuradores não conseguiram provar que os escritórios de advocacia foram usados para fazer tráfico de influência e obter decisões nos tribunais em troca de propina. Para o magistrado, a investigação da Operação E$quema S teve ‘o nítido intuito de criminalizar o exercício da advocacia’.”
“A colaboração de Orlando Diniz é a segunda delação que cita supostos esquemas de corrupção nos tribunais sepultada em menos de um ano. Em maio do ano passado, o STF anulou o acordo de colaboração premiada feito pelo ex-governador de Sérgio Cabral com a Polícia Federal.”
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