Em SP, cidades que abriram mais têm aumento de internações
Segundo dados da Fundação Estadual Sistema de Análise de Dados (Seade) coletados pelo Estadão, os municípios do estado classificados como da cor "amarela" -- que puderam fazer uma maior reabertura da economia em meio à epidemia de Covid-19 -- têm de lidar agora com um aumento significativo na quantidade de internações...
Segundo dados da Fundação Estadual Sistema de Análise de Dados (Seade) coletados pelo Estadão, os municípios do estado classificados como da cor “amarela” — que puderam fazer uma maior reabertura da economia em meio à epidemia de Covid-19 — têm de lidar agora com um aumento significativo na quantidade de internações.
Em alguns casos, os percentuais são até dez vezes maiores do que a média do estado.
Por outro lado, as cidades da zona “vermelha”, que mantêm restrição quase total, vêm registrando queda nas internações por Covid-19.
Como pesquisas apontam que o crescimento ou a queda de casos da doença pode ser observado até duas semanas após a adoção de medidas de flexibilização ou restrição do isolamento social, não é possível dizer que o aumento das internações é causado diretamente pelas medidas adotadas. Mas os números, no mínimo, levantam questionamentos.
Na semana anterior ao início da “reabertura gradual” do estado, a cidade de Barretos registrou 45 internações de pacientes com sintomas da Covid-19. Na semana seguinte, já com parte do comércio em funcionamento, houve um aumento de 80% (81 internações).
Em Presidente Prudente, o avanço no número de internações no mesmo período foi de 75,6% (de 41 para 72).
Bauru e Araraquara registraram aumento de 34,5% e 27,1%, respectivamente.
Por outro lado, a região de Registro — que inclui as cidades do Vale do Ribeira — viu o número de internações cair de 26 para 20 (23,8% de redução).
Na Baixada Santista, também ainda na zona “vermelha”, a queda foi de 601 para 584 novas internações.
Na Grande São Paulo, somente Guarulhos registrou aumento.
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