O atual prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), foi reeleito neste domingo em primeiro turno após uma disputa quase que plebiscitária contra o candidato do PSB, o deputado federal Duarte Júnior.

Os demais candidatos tiveram menos de 10% das intenções de voto: Wellington do Curso (Novo), Dr. Yglésio (PRTB), Fábio Câmara (PDT) e Flávia Alves (Solidariedade).

Foi a segunda vez seguida que Duarte perdeu a eleição para o próprio Braide.

Como foi a disputa na capital do Maranhão?

A disputa na capital do Maranhão foi marcada por uma intensa troca de farpas entre Braide e Duarte Júnior. Logo no início da propaganda eleitoral, Júnior explorou em suas peças publicitárias a destinação suspeita de 1 milhão de reais, encontrado no início de agosto em um veículo Clio abandonado na cidade.

Imagens capturadas pela Polícia Militar do estado apontam que o veículo estava em posse de Guilherme Ferreira Teixeira, é ex-assessor do deputado estadual Fernando Braide (PSC), irmão do prefeito ludovicense. Apesar da intensa campanha de difamação, o chefe de Poder Executivo passou incólume à situação.

Além disso, Duarte Júnior também teve mais de 60% do horário eleitoral após conseguir formalizar uma das mais inusitadas alianças nas disputas por capitais. Foram 12 partidos. No mesmo palanque, ele reuniu o PSB dele e do governador Carlos Brandão, o PL de Jair Bolsonaro, e o PT de Lula. Duarte também é do mesmo grupo político do hoje ministro do STF Flávio Dino.

Embora o PL tenha apoiado Duarte Júnior, o ex-presidente da República gravou um vídeo em apoio a outro candidato, o Dr. Yglésio do PRTB.

“Quem vota em Bolsonaro, vota em Yglésio em São Luís. Estamos fazendo agenda para ir a São Luís participar das eleições com Yglésio”, declarou o ex-presidente.

Luta de boxe e ‘carroça elétrica’

A campanha na capital maranhense foi marcada por vários momentos bizarros como a promessa feita por Duarte Júnior de conceder ‘carroças elétricas’ aos condutores de veículos de tração animal e da realização de um evento de boxe entre o candidato de Bolsonaro e um empresário que disputou a Câmara de Vereadores.

E isso antes da cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB).