Em Recife, João Campos é reeleito na eleição mais fácil das capitais
Com uma popularidade nesse patamar, o prefeito passou boa parte da campanha se esquivando dos projetos políticos para 2026
João Campos (PSB) – filho do ex-governador Eduardo Campos – venceu em primeiro turno e foi reeleito prefeito de Recife em um dos pleitos mais fáceis da história da capital Pernambucana.
Desde o início da campanha eleitoral, Campos estabeleceu um patamar superior a 70% das intenções de voto e nem mesmo as críticas sobre a sua administração ou sobre seu relacionamento amoroso com a deputada federal Tabata Amaral (PSB) – candidata à prefeitura de São Paulo – foram suficientes para que ele perdesse o seu eleitorado.
Com uma popularidade nesse patamar, Campos passou boa parte da campanha tentando se equilibrar entre o presente e o futuro. Em todas as sabatinas, ele foi questionado se deixará prefeitura para disputar o governo do Estado, seguindo o caminho do pai. Em todas as ocasiões, ele foi evasivo.
Ele também foi habilidoso ao esconder seu padrinho político Lula e, ao mesmo tempo, não perder adesão de eleitores bolsonaristas.
“Eu não vou falar sobre a eleição de 26, de 28, de 2030. Vou falar sobre a eleição de 24, falando tudo o que fiz e me comprometendo com o que ainda vou fazer”, declarou o prefeito de Recife em sabatina ao G1.
Além de ter sido considerado um bom prefeito, contribuiu para esse desempenho o seu engajamento nas redes sociais – ele é o chefe de Poder Executivo Municipal mais seguido no país.
Ex-ministro sanfoneiro tentou de tudo, mas ficou em segundo
O ex-ministro do Turismo do governo Jair Bolsonaro Gilson Machado ficou em segundo na disputa pela capital pernambucana, apesar de um reforço de 6 milhões de reais dos cofres do Partido Liberal – sigla comandada por Valdemar Costa Neto.
Ele tentou chamar a atenção do eleitor de todas as formas. Segundo levantamento do G1, Gilson teve cinco jingles oficiais: foram dois forrós, um funk, um brega funk e até um em estilo swingueira. A ideia do candidato era criar uma memória afetiva do eleitor com a banda Brucelose, da qual foi sanfoneiro nos anos de 1990.
Em um podcast, Gilson declarou que recebeu o apoio do ex-presidente dos EUA Donald Trump na disputa pela prefeitura de Recife.
“Eu fui recebido pelo rei da Arábia Saudita, fui recebido pelo rei de Dubai, pelo sheik Mohammed, pelo Donald Trump. Fiquei inclusive na casa dele hospedado, a convite dele. Tenho várias fotos sobre isso”, declarou, ele.
“Eu vou ajudar com que eu puder na sua gestão como prefeito do Recife, porque eu vou ser o próximo presidente dos Estados Unidos”.
Os demais candidatos não chegaram a 10% das intenções de voto
Além de Machado e Campos, também disputaram as eleições em Recife o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) e a deputada estadual Dani Portela (PSOL), Tecio Teles (Novo), Victor Assis (PCO), Simone Fontana (PSTU) e Ludmila (UP).
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