Em propaganda para Ricardo Nunes, Tarcísio associa Marçal a Boulos
Em peça, governador de São Paulo lembra que nas pesquisas a maior chance de vitória de Boulos é contra o ex-coach Pablo Marçal
Em uma das propagandas que vão ao ar no horário eleitoral desta quarta-feira sobre a disputa pela Prefeitura de São Paulo, 4, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), associa o influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).
Na peça, que será exibida na campanha de Ricardo Nunes (MDB), Tarcísio afirma que a grande possibilidade de vitória de Boulos é diante de um segundo turno justamente contra Pablo Marçal. Levantamentos dos principais institutos de pesquisa apontam justamente que entre José Luiz Datena (PSDB), Nunes e Marçal, Boulos tem mais chances de vitória justamente contra o ex-coach.
“Ricardo Nunes é o melhor, eu não quero que a esquerda ganhe em São Paulo, e o Pablo Marçal é a porta de entrada para Guilherme Boulos”, diz governador de São Paulo.
Durante essa fase da campanha, o publicitário Duda Lima pretende mostrar justamente que o avanço da esquerda está diretamente relacionado ao crescimento de Pablo Marçal. A ideia é intensificar os ataques ao influenciador digital a partir desse momento para tentar frear o seu avanço nas principais pesquisas de intenção de voto.
Marçal volta a avançar, segundo a Real Time Big Data
O influenciador subiu sete pontos na pesquisa do instituto Real Time Big Data e aparece tecnicamente empatado na liderança com o prefeito e o deputado federal na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
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O levantamento divulgado nesta terça-feira, 3, aponta o ex-coach com 21% das intenções de voto, contra 14% em julho. Nunes e Boulos têm 20% cada, e ambos apareciam com 29% no último levantamento, o que indica que cada um caiu nove pontos percentuais.
A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), Datena e a economista Marina Helena (Novo) oscilaram dentro da margem de erro, que é de três pontos percentuais. Tabata tinha 8% e foi a 9%; Datena saiu de 9% para 8%, e Marina Helena foi de 1% a 3%.
Influências
O instituto ouviu 1.500 eleitores de 31 de agosto e 2 de setembro e o índice de confiança da pesquisa é de 95%. A pesquisa foi feita após o início da propaganda de rádio e televisão, na sexta-feira, 30, na qual Marçal não aparece, por seu partido não ter representação mínima no Congresso Nacional.
Durante o intervalo entre os levantamento de julho e de setembro da Real Time Big Data, contudo, ocorreu muita coisa, como os primeiros debates e as desavenças públicas entre Marçal e o clã Bolsonaro, que já foram equalizadas.
Ainda não é possível medir com precisão, portanto, a influência da propaganda obrigatória na corrida de São Paulo — os adversários apostam nela para frear o fenômeno Marçal. Uma melhor medida sobre a questão deve ser proporcionada pela pesquisa Datafolha prevista para esta semana.
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