Em pronunciamento, Lira não cita Bolsonaro nem menciona possibilidade de impeachment
Arthur Lira, presidente da Câmara, responsável por analisar os pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro, fez um pronunciamento de menos de 6 minutos sobre os atos de 7 de Setembro. Com uma hora de atraso, ele leu um texto (leia aqui a íntegra)...
Arthur Lira, presidente da Câmara, responsável por analisar os pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro, fez um pronunciamento de menos de 6 minutos sobre os atos de 7 de Setembro.
Com uma hora de atraso, ele leu um texto (leia aqui a íntegra).
Lira não citou o presidente da República em momento algum e também não mencionou a possibilidade de impeachment — o tema voltou à pauta de Brasília após os discursos golpistas de ontem de Bolsonaro.
O deputado alagoano, que chegou ao comando da Câmara como candidato do Palácio do Planalto, mandou recados a Bolsonaro, mas em tom muito mais ameno que o esperado por lideranças partidárias favoráveis ao impeachment.
Lira disse, por exemplo, que não vê “como possamos ter ainda mais espaço para radicalismo e excessos” e, sem ser muito claro, afirmou também ser “hora de dar um basta a esta escalada, em um infinito looping negativo”. Mas ele não esclareceu como pretende dar esse basta.
Lira criticou “bravatas em redes sociais e vídeos” e não acrescentou como acha que elas, as bravatas, podem ser interrompidas. Falou que a Constituição “jamais será rasgada”, mas não deu um pio sobre as ameaças de golpe de Bolsonaro.
Além de não fazer qualquer menção aos discursos de ontem do presidente, Lira ainda elogiou as manifestações antidemocráticas pelo país.
“Em tempo, quero aqui enaltecer a todos os brasileiros que foram às ruas de modo pacífico. Uma democracia vibrante se faz assim: com participação popular e liberdade e respeito à opinião do outro.”
Lira também aproveitou os holofotes para fazer um balanço — positivo, obviamente — de sua gestão e dizer que “a Câmara dos Deputados está aberta a conversas e negociações para serenarmos” e “apresenta-se hoje como um motor de pacificação”.
Por fim, o presidente da Câmara deixou claro que confia nas eleições no ano que vem, com urnas eletrônicas. Ontem, Bolsonaro voltou a questionar a lisura desse processo, mas Lira também preferiu ignorar isso.
Em resumo, Lira contentou-se em classificar como “bravatas” os crimes cometidos por Bolsonaro ontem. Continuaremos no “infinito looping negativo”.
Em pronunciamento, Lira não cita Bolsonaro nem menciona possibilidade de impeachment
Arthur Lira, presidente da Câmara, responsável por analisar os pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro, fez um pronunciamento de menos de 6 minutos sobre os atos de 7 de Setembro. Com uma hora de atraso, ele leu um texto (leia aqui a íntegra)...
Arthur Lira, presidente da Câmara, responsável por analisar os pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro, fez um pronunciamento de menos de 6 minutos sobre os atos de 7 de Setembro.
Com uma hora de atraso, ele leu um texto (leia aqui a íntegra).
Lira não citou o presidente da República em momento algum e também não mencionou a possibilidade de impeachment — o tema voltou à pauta de Brasília após os discursos golpistas de ontem de Bolsonaro.
O deputado alagoano, que chegou ao comando da Câmara como candidato do Palácio do Planalto, mandou recados a Bolsonaro, mas em tom muito mais ameno que o esperado por lideranças partidárias favoráveis ao impeachment.
Lira disse, por exemplo, que não vê “como possamos ter ainda mais espaço para radicalismo e excessos” e, sem ser muito claro, afirmou também ser “hora de dar um basta a esta escalada, em um infinito looping negativo”. Mas ele não esclareceu como pretende dar esse basta.
Lira criticou “bravatas em redes sociais e vídeos” e não acrescentou como acha que elas, as bravatas, podem ser interrompidas. Falou que a Constituição “jamais será rasgada”, mas não deu um pio sobre as ameaças de golpe de Bolsonaro.
Além de não fazer qualquer menção aos discursos de ontem do presidente, Lira ainda elogiou as manifestações antidemocráticas pelo país.
“Em tempo, quero aqui enaltecer a todos os brasileiros que foram às ruas de modo pacífico. Uma democracia vibrante se faz assim: com participação popular e liberdade e respeito à opinião do outro.”
Lira também aproveitou os holofotes para fazer um balanço — positivo, obviamente — de sua gestão e dizer que “a Câmara dos Deputados está aberta a conversas e negociações para serenarmos” e “apresenta-se hoje como um motor de pacificação”.
Por fim, o presidente da Câmara deixou claro que confia nas eleições no ano que vem, com urnas eletrônicas. Ontem, Bolsonaro voltou a questionar a lisura desse processo, mas Lira também preferiu ignorar isso.
Em resumo, Lira contentou-se em classificar como “bravatas” os crimes cometidos por Bolsonaro ontem. Continuaremos no “infinito looping negativo”.