Funaro lista motivos para Supremo anular delação da JBS
O doleiro Lúcio Funaro entregou à PGR uma lista de motivos para anular o acordo de delação premiada dos irmãos batista, da JBS. A discussão sobre a validade da colaboração foi pautada para o dia 17 de junho, no Supremo...
O doleiro Lúcio Funaro entregou à PGR uma lista de motivos para anular o acordo de delação premiada dos irmãos batista, da JBS. A discussão sobre a validade da colaboração foi pautada para o dia 17 de junho, no Supremo.
Funaro reclama de Joesley Batista, a quem chama de “pseudo colaborador” da Justiça, por mais de dez, vezes na petição enviada à PGR. O doleiro acusa o empresário de manobrar o Judiciário para atingi-lo.
Relata que a empresa de sua esposa comprou um apartamento de Joesley por R$ 15 milhões e que combinou de pagar 70%, abatendo o restante de serviços de “consultoria”. Mas Joesley, agora, cobra os 30% não pagos.
Funaro diz também que foi contratado pela JBS por R$ 20 milhões para ser mediador de uma disputa societária do Grupo J&F, dono do frigorífico, com o frigorífico Bertin.
Na versão de operador, a mediação foi convocada pela Bertin porque seus acionistas descobriram que Wesley teria lançado despesas ilegais na contabilidade da empresa, o que é negado por Wesley. Em sua delação, Funaro disse que o dinheiro foi em parte usado para subornar autoridades.
O caso está em grau de recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo, onde o dono da JBS diz que o dinheiro não é devido porque tinha fins ilegais.
Funaro ainda acusa Joesley de usar advogados do Departamento Jurídico da JBS para interesses particulares de Joesley e de empresas não integrantes do Grupo J&F. Essa acusação foi levada à Comissão de Valores Mobiliários pelo doleiro.
O argumento é o de que “a utilização de corpo técnico da companhia para interesse próprio de seu diretor produz imediato reflexo em suas contas”, mas a CVM ainda não se pronunciou.
A briga entre os dois, claro, é por dinheiro. Joesley diz que pagou propina a Funaro, que alega ter prestado serviços legítimos de consultoria e que “apenas” R$ 30 milhões, dos R$ 70 milhões ou R$ 80 milhões devidos, seriam ilegais.
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