Em Palmas, nem denúncia sobre Barões da Pisadinha tira Janad do segundo turno
Janad enfrenta, agora, o ex-senador Eduardo Siqueira Campos
Janad Valcari (PL) está no segundo turno das eleições pelo comando da prefeitura de Palmas (TO) com 39,22% dos votos e vai disputar o segundo turno com Eduardo Siqueira Campos, herdeiro político de Wilson Siqueira Campos, ex governador do Tocantins. Eduardo recebeu 32,30% dos votos válidos.
Janad
Deputada estadual e ex-presidente da Câmara Municipal, Janad cresceu no cenário político da capital mais jovem do Brasil ao liderar a oposição à atual prefeita, Cinthia Ribeiro (PSDB). Com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, ela superou a votação de Campos e desbancou o candidato apoiado pelo presidente Lula, professor Júnior Geo, que ficou em terceiro lugar na disputa, com 28,11%
Escândalo na campanha
A campanha de Janad não passou ilesa de polêmicas. Um áudio em que sua voz aparece ofendendo uma funcionária veio à tona. Janad alegou que o áudio foi manipulado por meio de inteligência artificial e negou a autenticidade do material.
A imprensa chegou a divulgar um laudo pericial que descartou a possibilidade de que a gravação tenha sido produzida ou alterada por inteligência artificial, o que não atrapalhou a popularidade da candidata.
O Ministério Público Estadual passou a investigar se Janad infringiu a legislação que impede parlamentares de serem proprietários de empresas com contratos financiados pelo poder público. Ela foi sócia e gestora da “Os Barões da Pisadinha Produção Musical Ltda” entre agosto de 2020 e dezembro de 2023, quando transferiu sua parte ao filho, Lucas Valcari.
No parecer, o MP destacou que a empresa “possivelmente celebrou diversos contratos com órgãos públicos, que teriam recebido recursos provenientes de emendas parlamentares” concedidas pela própria Janad.
Na abertura do inquérito, os promotores listaram cinco shows da banda realizados no Tocantins, com financiamento público, no período em que Janad atuava como vereadora de Palmas, entre 2021 e 2022, e como deputada estadual a partir de janeiro de 2023. O valor total ultrapassa R$ 1,7 milhão.
Segundo a Constituição brasileira, políticos não podem, a partir da posse, “firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes”. Procurada pela imprensa, Janad negou as acusações e disse que a investigação tinha cunho eleitoral.
Eduardo
O político, que já foi prefeito da capital Palmas, viu sua popularidade se desgastar após ser apontado como responsável por um rombo na administração do Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev). Eduardo, antigo gestor do Instituto, foi julgado pelo caso, mas acabou absolvido em 2019, quando ainda exercia um mandato de deputado estadual. Campos também já desempenhou o mandato de senador.
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