Em mensagens, filho de Lobão pede a galeria para subfaturar obras de arte e combina entrega de ‘chocolates’
Alvo de hoje da Operação Vernissage, 79ª fase da Lava Jato, Márcio Lobão, filho do ex-ministro Edison Lobão, pediu, em mensagem enviada ao dono de uma galeria, para subfaturar nota fiscal de obras de arte...
Alvo de hoje da Operação Vernissage, 79ª fase da Lava Jato, Márcio Lobão, filho do ex-ministro Edison Lobão, pediu, em mensagem enviada ao dono de uma galeria, para subfaturar nota fiscal de obras de arte, informa o Estadão.
“Tiramos nota de menor valor nos quadros para reduzir impostos. Vocês ganham no não pagamento de impostos. Fica bom para todos”, diz uma das mensagens de WhatsApp.
O material foi entregue por Rodrigo Lobo Sotomayor Editore, um dos donos da Casa Triângulo, que fica em São Paulo. Investigado por lavar dinheiro para Márcio Lobão, ele fechou acordo de delação com o sócio Ricardo Antônio Trevisan.
Nas mensagens, Márcio e Rodrigo negociavam a compras de R$ 425 mil, mas apenas R$ 261 mil seriam pagos por transferência e declarados em nota fiscal. O resto seria pago em espécie.
Em outra mensagem, Márcio Lobão combina a entrega de US$ 76,5 mil dólares no aeroporto de Congonhas. Nome dado ao dinheiro: “chocolates”.
“Preciso te encontrar no aeroporto. Se conseguir embarcar, não terei muito tempo. Estou levando seus chocolates e não poderei carregar eles pela cidade e ou entregar para teu motorista, corre o risco dele comer Los todos”, diz a mensagem de Márcio a Rodrigo.
Assim como Edison Lobão, Márcio é acusado de receber propina por contratos da Transpetro e tentar lavar o dinheiro com obras de arte.
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