Em documento à CPI, Saúde alega que TrateCov foi suspenso após ação judicial
Nota técnica do Ministério da Saúde encaminhada à CPI da Covid aponta agora uma terceira justificativa para a suspensão do aplicativo TrateCov, que recomendava a prescrição de medicamentos sem eficácia para tratar Covid...
Nota técnica do Ministério da Saúde encaminhada à CPI da Covid aponta agora uma terceira justificativa para a suspensão do aplicativo TrateCov, que recomendava a prescrição de medicamentos sem eficácia para tratar Covid: uma ação judicial. Além disso, a pasta confirma que o aplicativo foi implementado por iniciativa do Ministério da Saúde.
Nos depoimentos da CPI, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e a secretária de Educação e Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, apresentaram justificativas distintas para ter tirado o aplicativo do ar. Pazuello disse que ele foi alvo de uma ação hacker; Mayra falou em “extração indevida de dados”.
Entretanto, documentos aos quais O Antagonista teve acesso mostram que o Ministério da Saúde apresentou uma terceira justificativa. Agora, o aplicativo saiu do ar por “determinação judicial”, de acordo com a pasta. Entretanto, o ministério não fala que ação foi essa, nem o responsável pelo processo.
“A data que se pretendia para implementação do teste do TrateCOV restou anunciada pelo Senhor Ministro de Estado da Saúde, no dia 11 de janeiro de 2021, contudo a ação restou suspensa em razão de decisão judicial. Na esfera administrativa, sua interrupção adveio das deliberações do Centro de Operações Emergenciais – COE, até segunda ordem”, disse a pasta em nota técnica encaminhada à CPI.
“No mais, esclarece-se que a Organização Mundial da Saúde – OMS reconheceu a importância da utilização de escores para diagnóstico clínico de covid-19, e, paralelamente à validação e publicação do AndroCov Clinical Scoring for Covid-19 Diagnosis, houve a constatação de que esse estudo pode ser utilizado como ferramenta diagnóstica clínica de COVID-19, alternativa dentro do contexto da pandemia”, prossegue o ministério na nota técnica enviada aos senadores.
O aplicativo TrateCov foi citado por Pazuello e equipe como uma solução para conter a crise de oxigênio em Manaus, no início de janeiro deste ano.
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