Em depoimento, servidor fala em pressão ‘atípica’ por contrato da Covaxin
Um servidor da área técnica do Ministério da Saúde disse em depoimento ao Ministério Público Federal ter sofrido pressão atípica para tentar garantir a importação da Covaxin, até agora a vacina contra a Covid mais cara comprada pela pasta...
Um servidor da área técnica do Ministério da Saúde disse em depoimento ao Ministério Público Federal ter sofrido pressão atípica para tentar garantir a importação da Covaxin, até agora a vacina contra a Covid mais cara comprada pela pasta.
O depoimento, mantido em sigilo, foi obtido pela Folha. Na oitiva, o servidor diz que o tenente-coronel Alex Lial Marinho, homem de confiança do ex-ministro Eduardo Pazuello, seria um dos responsáveis por essa pressão.
A Procuradoria da República no Distrito Federal identificou um descumprimento do contrato assinado entre a Precisa Medicamentos, representante no Brasil da Bharat Biotech, e o ministério, com quebra de cláusulas sobre o prazo de entrega da Vacina.
O MPF investiga a suspeita de favorecimento à Precisa.
Em nota, a Precisa Medicamentos disse que “desconhece a existência de um inquérito e investigação do Ministério Público envolvendo a empresa”.
“A Precisa Medicamentos informa que entregou toda a documentação solicitada ao Ministério da Saúde e à Anvisa até o momento. Quando o produto chegar ao Brasil, documentos relativos ao processo burocrático de exportação serão encaminhados, seguindo todos os prazos estabelecidos
A Precisa Medicamentos não solicitou e não contou com qualquer tipo de favorecimento de agentes públicos. Todos os processos foram feitos de forma transparente, sem qualquer interferência. Todos os prazos e trâmites burocráticos foram respeitados.”
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