Em delação, Cabral diz que Aécio revelou operador durante jantar em Miami
Em sua delação premiada, Sérgio Cabral afirmou que o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), apesar de muito desconfiado, contou-lhe num jantar em Miami, em 2002, quem seria seu operador financeiro no setor energético...
Em sua delação premiada, Sérgio Cabral afirmou que o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), apesar de muito desconfiado, contou-lhe num jantar em Miami, em 2002, quem seria seu operador financeiro no setor energético.
“Dimas Toledo era a pessoa da confiança de Aécio Neves para o acerto de pagamento de valores indevidos na Cemig e Furnas relacionados a diversos empreendimentos, inclusive a Hidrelétrica de Santo Antônio em Rondônia.”
Cabral também contou que Aécio Neves lhe apresentou Dimas por volta de 2005 ou 2006.
“Dimas operava em Furnas juntamente com Djalma de Morais, presidente da Cemig, entre o período de 1999 e 2015.”
No depoimento, Cabral afirmou que, durante o segundo mandato do governo FHC, Aécio se tornou o político de maior expressão pelo Estado de Minas Gerais, exercendo influência sobre as indicações de cargos e decisões administrativas, especialmente em Furnas.
A partir de 2003, quando Aécio assumiu o governo de Minas, a Cemig ampliou sua atuação também para fora do Estado, participando de projetos como a compra de 79,57% do capital da Light no Estado do Rio de Janeiro, em 2006, por US$ 319.081.000,00 (trezentos e dezenove milhões e oitenta e um mil dólares), juntamente com a Andrade Gutierrez e a Pactual Energia; bem como a participação no consórcio Santo Antônio, formado também pelas empresas Odebrecht Energia do Brasil, SAAG Investimentos, Furnas Centrais, e Caixa FIP Amazonia Energia, responsável pela realização da obra da Hidrelétrica de Santo Antônio em Rondônia.
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