Em debate, Maria do Rosário foge de pergunta sobre Venezuela
"Defendo a democracia, mas não quero entrar nesse debate", disse a petista ao ser questionada a respeito do regime de Nicolás Maduro
Durante participação no primeiro debate para a prefeitura de Porto Alegre, organizado pela rádio Gaúcha e jornal Zero Hora, a candidata do PT à prefeitura de Porto Alegre, Maria do Rosário (PT), se esquivou de uma pergunta a respeito da crise política na Venezuela.
Ao ser questionada sobre a farsa eleitoral de Nicolás Maduro pelo candidato do Novo à prefeitura de Porto Alegre, Felipe Camozzato, a petista tergiversou e não respondeu se defende ou não o regime venezuelano.
“Defendo a democracia, mas não quero entrar nesse debate. Estou focada na cidade. Inclusive, sustentei uma Comissão da Verdade contra uma Ditadura”, disse Maria do Rosário.
Na sequência, Camozzato declarou que a pré-candidata não consegue condenar a ditadura de Maduro, assim como não condena a ditadura cubana ou a nicaraguense.
“Esse relativismo é constante. Não acredito que a deputada Maria do Rosário defenda verdadeiramente a democracia. O PT sequer reconheceu que houve um golpe na Venezuela e uma eleição fraudada, mas critica o golpe do oito de Janeiro. Defender a democracia exige mais do que discurso; é necessário passar à prática”, declarou o candidato do Novo.
E a repressão na Venezuela, Maria do Rosário?
Alinhada à ditadura de Nicolás Maduro, a presidente do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, Caryslia Rodríguez, convocou o candidato da oposição Edmundo González e os representantes dos partidos UNT, MUD e MPV, que apoiaram a candidatura do opositor, a comparecer ao tribunal na quarta-feira, 7, às 10h (horário de Brasília), para apresentar todos os documentos relativos à votação de 28 de julho e responder a uma entrevista.
“Para a devida consolidação de todos os instrumentos eleitorais que se encontram em posse dos partidos políticos e dos candidatos, se procede a citar em pessoa, em cujo ato deverão entregar a informação requerida e responder às perguntas que sejam formuladas pela Corte. […] Citam os cidadãos Manuel Rosales, José Luis Cartaya, Simón Calzadilla e Edmundo González Urrutia”, afirmou a magistrada na convocação.
Caso o candidato da oposição não compareça à audiência, ele ficará sujeito às “consequências previstas na regulamentação em vigor”.
Edmundo González e os demais candidatos já haviam sido chamados a comparecer a uma audiência na sexta-feira, 2, para a assinatura do termo de aceite do resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que proclamou Maduro o “vencedor” da farsa eleitoral montada pelo regime chavista.
As convocações ocorrem em meio às ameaças de prisão que a ditadura de Maduro tem feito a Edmundo González e a María Corina Machado, líder da oposição venezuelana.
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