Em áudios vazados, deputado bolsonarista fala em “guerra” da PM contra governo da Paraíba
Ligado ao bolsonarismo, o deputado estadual Cabo Gilberto (PSL) insuflou policiais militares a aderirem a um movimento contra o governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), diz O Globo...
Ligado ao bolsonarismo, o deputado estadual Cabo Gilberto (PSL) insuflou policiais militares a aderirem a um movimento contra o governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), diz O Globo. Segundo o jornal, em áudios vazados, o parlamentar chama Azevêdo de “inimigo” e o conflito com o governo estadual de “guerra”.
Ele também teria pedido que agentes entreguem os plantões extras. O estado, que está com o policiamento comprometido, registrou nos últimos dias uma escalada de violência. As falas incitam os policiais a se unirem ao movimento que reivindica melhorias nas condições de trabalho e de salários da classe, proibida pela Constituição de realizar greves.
“Meus irmãos, policiais e bombeiros militares, neste domingo, precisamos que todos façam o que a guarnição de ontem fez. Se uniram ao movimento Polícia Legal, tudo dentro da legalidade. Estamos em guerra. O governador é nosso inimigo. Ele não respeita a instituição, humilha os militares, engana os militares, tenta passar para a sociedade que nós que somos intransigentes. Socialista não gosta de polícia, odeia militar. Não existe diálogo com esse tipo de gente. Eles só entendem pressão, e temos que pressionar.”
Nas redes sociais, o deputado Cabo Gilberto (foto) já havia pedido que prefeitos cobrassem o governo da Paraíba devido ao “caos na segurança pública”.
“Toda criminalidade que acontecer no estado a responsabilidade é de inteira do Sr governador JOÃO MALVADEZA que exterminou os militares”, disse.
Azevêdo, que faz oposição ao governo de Jair Bolsonaro, afirmou, em vídeo publicado hoje nas redes sociais, que não vai admitir “greve branca” nem que políticos usem “policiais para confrontos inconstitucionais e fora de propósito”.
“Não admitirei coisas do tipo como operação padrão ou greve branca, como foi insinuado em áudios e vídeos por quem está na política e tenta usar os policiais para confrontos inconstitucionais e fora de propósito. Policial é para combater o crime, promover a paz social e proteger a sociedade. E não para fazer política partidária e eleitoral nos quartéis e dentro da categoria“, disse.
“Não me furtarei em nenhum momento a acionar o Ministério Público e a Justiça paraibana, se for o caso, para restabelecer as funções hierárquicas e constitucionais das forças de segurança. Espero não ter que fazê-lo, mas para manter a ordem e a convivência harmônica da sociedade paraibana jamais fugirei às minhas responsabilidades”, acrescentou.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)