A patrulha digital bolsonarista entrou novamente em ação nas redes nos últimos dias, principalmente depois que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu barrar a nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal.

O Globo teve acesso a mensagens que mostram “uma ação coordenada nos grupos do Telegram e WhatsApp para bombar as interações contra Alexandre de Moraes”.

Entre as palavras de ordem difundidas nas redes por grupos de apoiadores de Jair Bolsonaro, aparecem as hashtags #STFditador e #STFVergonhaNacional — impulsionadas nos últimos dias, alcançando rapidamente os trending topics do Twitter. Na maioria dos casos, segundo o jornal, as ações são administradas por perfis falsos.

“No Telegram, o Exército Bolsonaro, com 31.715 membros, movimenta diariamente cerca de 10 mil mensagens. Há outros com nome de Bolsonaro Presidente, com 12.354 membros, ou Bolsonaro Guerreiro, um grupo menor, com 989 membros. E até mesmo Bolsonaro 24horas, com 912. Segundo fontes, esses grupos impõem regras de participação e param de funcionar durante a madrugada, retomando as postagens às 6h”, diz a reportagem.

Além de Moraes, estão entre os alvos da militância bolsonarista os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, e o governador de São Paulo, João Doria.

Também se tornaram alvos nas últimas semanas os ex-ministros da Justiça, Sergio Moro, e da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Até mesmo atuais ministros do governo, como Tereza Cristina, da Agricultura, e Paulo Guedes, da Economia, também já foram atacados.