Eleições no Congresso: Lira busca recorde; Pacheco é favorito e Marinho assusta
Os 513 deputados e os 81 senadores vão escolher, nesta quarta-feira, quem serão os próximos presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente. Os pleitos vão acontecer às 16h30 e 16h, respectivamente...
Os 513 deputados e os 81 senadores vão escolher, nesta quarta-feira, quem serão os próximos presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente. Os pleitos vão acontecer às 16h30 e 16h, respectivamente.
Na Câmara, o cenário é amplamente favorável à reeleição de Arthur Lira (PP-AL, foto à direita). Após costurar uma frente ampla, que conseguiu unir em um mesmo bloco partidos antagônicos como PL e PT, Lira pode alcançar uma votação histórica. Até hoje, o deputado com o maior número de votos foi João Paulo Cunha (PT-SP). Em 2003, ele teve 434 votos a favor e recebeu o apoio de 8 partidos na época: PT, PCdoB, PSB, PDT, PPS, PV, PTB e PL.
Neste ano, Lira conta com o apoio de 20 siglas para ser reconduzido ao cargo. Ele também deve enfrentar apenas duas candidaturas, consideradas de menor importância: Marcel Van Hatten (Novo-RS) e Chico Alencar (Psol-RJ). A primeira não deve sequer ter aderência entre os bolsonaristas; a segunda, também deve ser escanteada pela esquerda. Os mais otimistas acreditam que Lira pode ter até 460 votos hoje.
No Senado, a situação é considerada menos simples para a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG, foto à esquerda). Após uma boa largada, Pacheco enfrentou resistências nessa reta final de campanha. Hoje, até mesmo integrantes do governo acreditam que ele teria em torno de 45 votos.
Seu principal adversário é o ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN), que conta com traições em partidos que hoje sustentam a candidatura de Pacheco, como o MDB e PSD. Metade do União Brasil e Podemos deve votar também no ex-ministro. Corre por fora o senador Eduardo Girão (Podemos-CE).
A disputa acirrada entre os dois ponteiros obrigou o Palácio do Planalto a agir e liberar cargos no segundo e terceiro escalões para aliados de Pacheco. O presidente do Senado também fez sinalizações para a ala bolsonarista do Senado, como a possibilidade de votar um projeto de lei que limita os mandatos de ministros do STF.
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