Eleições em João Pessoa: PT contra PT e milícias digitais
O candidato do PT, Luciano Cartaxo, juntou-se ao candidato do PL, Marcelo Queiroga, em uma entrevista coletiva na qual responsabilizou o prefeito Cícero Lucena (PP) por questões relativas à influência do crime organizado nas eleições municipais
O setor jurídico da campanha do candidato à prefeitura de João Pessoa, Cícero Lucena denunciou, na sexta-feira,13 de setembro, que uma “milícia digital” está atuando para prejudicar o candidato, que é já prefeito de João Pessoa e tenta a reeleição pelo PP como favorito, segundo todas as pesquisas. O responsável pela denúncia, advogado Walter Agra, declarou:
“As coisas chegaram a um ponto em que não podemos permanecer em silêncio. Não aceitaremos essa estratégia. Foi formada uma milícia digital contra Cícero Lucena, com pessoas de fora do estado promovendo notícias falsas e anúncios apócrifos”.
Essa reação é continuidade de uma briga que começou na quarta-feira, 11, quando o candidato do PT, Luciano Cartaxo, juntou-se ao candidato do Podemos, Ruy Carneiro, e ao candidato do PL, Marcelo Queiroga, em uma entrevista coletiva na qual responsabilizou o prefeito Cícero Lucena por questões relativas à influência do crime organizado nas eleições municipais na capital; o que estaria, segundo os entrevistados, impedindo a entrada destes em certas áreas da periferia.
PT contra PT
Embora Cícero Lucena seja um político de centro-direita, tem o apoio de uma aliança de centro-esquerda comandada pelo governador João Azevedo (PSB). Por isto, na tarde da mesma quarta-feira, o presidente estadual do PT na Paraíba, Jackson Macedo, entrou na briga.
Macedo, que faz parte do bloco do governador, desconsiderou Ruy Carneiro e mirou na aproximação de Luciano Cartaxo com o bolsonarista Marcelo Queiroga.
“É uma aliança política que já estava montada desde antes da eleição. Uma aliança política para derrotar o campo progressista que é liderado pelo governador João Azevêdo aqui na Paraíba […]
Eu lamento que ao lado do candidato do PT, ali estava um ex-ministro, um candidato que representou o negacionismo durante a pandemia, que foi responsável por milhares de morte no país porque negaram a ciência, negaram a vacina.
O candidato do PT estava ao lado de um candidato que o grupo político dele defende o golpe militar, é contra a democracia. Vai de encontro aos princípios constitucionais do país. O candidato do PT estava ao lado de um candidato que é representado nacionalmente por um grupo político que tem relação com milícia”, declarou o presidente do PT na Paraíba:
Essa briga de foice e martelo, crime organizado e milícias digitais, deve render até o dia da eleição.
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