Eleição de Bolsonaro deu "legitimidade institucional" a rede de perfis falsos, diz estudo Eleição de Bolsonaro deu "legitimidade institucional" a rede de perfis falsos, diz estudo
O Antagonista

Eleição de Bolsonaro deu “legitimidade institucional” a rede de perfis falsos, diz estudo

avatar
Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 09.07.2020 14:17 comentários
Brasil

Eleição de Bolsonaro deu “legitimidade institucional” a rede de perfis falsos, diz estudo

A rede de perfis falsos de apoio a Jair Bolsonaro, derrubada ontem pelo Facebook, existe pelo menos desde antes das eleições de 2018. E depois que ele foi eleito presidente, em vez de reduzir a intensidade dos ataques aos alvos dos bolsonaristas, ela ganhou “legitimidade institucional”...

avatar
Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 09.07.2020 14:17 comentários 0
Eleição de Bolsonaro deu “legitimidade institucional” a rede de perfis falsos, diz estudo
Foto: Adriano Machado/Crusoé

A rede de perfis falsos de apoio a Jair Bolsonaro, derrubada ontem pelo Facebook, existe pelo menos desde antes das eleições de 2018. E depois que ele foi eleito presidente, em vez de reduzir a intensidade dos ataques aos alvos dos bolsonaristas, ela ganhou “legitimidade institucional”.

Essas são algumas das conclusões do relatório em que o Facebook se baseou para tirar do ar uma teia de 88 “perfis inautênticos”. Foram 14 páginas no Facebook, 35 contas pessoais na rede social, 38 perfis no Instagram e um grupo.

Conforme noticiamos ontem, o Facebook detectou que a rede foi montada para dar apoio a Bolsonaro. Eram perfis que “sistematicamente escondiam a verdadeira autoridade de seus titulares”.

O relatório foi feito pelo DFRLab, uma iniciativa de investigações em redes sociais do Atlantic Council, centro de estudos sobre democracia e sociedade baseado nos Estados Unidos.

De acordo com o levantamento do DFRLab, parte da rede de perfis falsos começou a operar para apoiar a campanha de Bolsonaro e atacar seus adversários.

Os ataques eram coordenados por esses perfis e usavam de “sites de notícias hiperpartidários” para transformar as mentiras que produziam em suas redes em notícias, disse o relatório.

As postagens começaram durante a campanha, mas nunca pararam. Eles apoiaram, por exemplo, o discurso de Bolsonaro de que o novo coronavírus é um “vírus chinês”.

Também estão por trás da fritura nas redes sociais do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, demitido em 16 de abril.

Esses bolsonaristas operavam do Rio de Janeiro, de Brasília e de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

Entre os responsáveis pelas contas, está Tércio Arnaud Tomaz, assessor especial da Presidência da República e apontado como principal integrante do gabinete do ódio, com salário de R$ 13,6 mil.

Arnaud cuidava da página “Bolsonaro Opressor 2.0”, que tinha cerca de 1 milhão de seguidores, e foi lotado no gabinete de Carlos Bolsonaro, vereador no Rio, antes de ir para o Planalto.

Tércio Arnaud também era responsável pelo perfil “Bolsonaro News” no Instagram, cujo conteúdo era “enganoso na maioria das vezes, usando de meias verdades para se chegar a falsas conclusões”.

Outro dos operadores desses perfis era Paulo Eduardo Lopes, ou Paulo Chuchu, que trabalha no gabinete do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

De acordo com o relatório, “Bolsonaro já havia sido acusado de manter operações de divulgação de informação, mas esta é a primeira vez que assessores estão diretamente ligados a perfis inautênticos”.

“A rede conduziu uma operação significativa e de longa duração, pelo menos desde a campanha presidencial de 2018 e conseguindo arregimentar uma audiência de milhões, usando de especulações políticas e desinformação para assediar alvos direcionados – prática aparentemente aperfeiçoada pelo gabinete do ódio e detalhada na CPMI das Fake News”, concluiu o estudo.

O texto é assinado pela pesquisadora brasileira Luiza Bandeira, do DFRLab.

  • Mais lidas
  • Mais comentadas
  • Últimas notícias
1

PF indicia Bolsonaro e mais 36 por tentativa de golpe de Estado

Visualizar notícia
2

Jaguar se rende à cultura woke e é alvo de críticas

Visualizar notícia
3

Cid implica Braga Netto para salvar delação premiada

Visualizar notícia
4

Moraes mantém delação premiada de Mauro Cid

Visualizar notícia
5

Putin comenta lançamento de míssil e ameaça o Ocidente

Visualizar notícia
6

O papel dos indiciados em suposta tentativa de golpe de Estado

Visualizar notícia
7

Gonet foi contra prisão de Cid após depoimento a Moraes; militar foi liberado

Visualizar notícia
8

Agora vai, Haddad?

Visualizar notícia
9

Crusoé: Thomas Sowell está vivo, Elon

Visualizar notícia
10

Crusoé: Pablo Marçal governador de São Paulo?

Visualizar notícia
1

‘Queimadas do amor’: Toffoli é internado com inflamação no pulmão

Visualizar notícia
2

Sim, Dino assumiu a presidência

Visualizar notícia
3

O pedido de desculpas de Pablo Marçal a Tabata Amaral

Visualizar notícia
4

"Só falta ocuparem nossos gabinetes", diz senador sobre ministros do Supremo

Visualizar notícia
5

Explosões em dispositivos eletrônicos ferem mais de 2.500 no Líbano

Visualizar notícia
6

Datena a Marçal: “Eu não bato em covarde duas vezes”; haja testosterona

Visualizar notícia
7

Governo prepara anúncio de medidas para conter queimadas

Visualizar notícia
8

Crusoé: Missão da ONU conclui que Maduro adotou repressão "sem precedentes"

Visualizar notícia
9

Cadeirada de Datena representa ápice da baixaria nos debates em São Paulo

Visualizar notícia
10

Deputado apresenta PL Pablo Marçal, para conter agressões em debates

Visualizar notícia
1

Mandado contra Netanyahu não tem base, diz André Lajst

Visualizar notícia
2

Bolsonaro deixou aloprados aloprarem?

Visualizar notícia
3

Trump nomeia ex-procuradora da Flórida após desistência de Gaetz

Visualizar notícia
4

PGR vai denunciar Jair Bolsonaro?

Visualizar notícia
5

Tarcísio defende Bolsonaro contra “narrativa disseminada”

Visualizar notícia
6

Agora vai, Haddad?

Visualizar notícia
7

"Não faz sentido falar em anistia", diz Gilmar

Visualizar notícia
8

A novela do corte de gastos do governo Lula: afinal, sai ou não sai?

Visualizar notícia
9

Líder da Minoria sobre indiciamentos: "Narrativa fantasiosa de golpe"

Visualizar notícia
10

Fernández vai depor na Argentina sobre suposto episódio de violência doméstica

Visualizar notícia

Assine nossa newsletter

Inscreva-se e receba o conteúdo do O Antagonista em primeira mão!

Tags relacionadas

facebook Fake news gabinete do ódio Instagram Jair Bolsonaro perfis falsos
< Notícia Anterior

Roberto Jefferson convida Bolsonaro para o PTB

09.07.2020 00:00 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

Centrão indica Alex Canziani para o Ministério da Educação

09.07.2020 00:00 4 minutos de leitura
avatar

Redação O Antagonista

Suas redes

Instagram

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (0)

Torne-se um assinante para comentar

Notícias relacionadas

Alerta laranja do Inmet para risco de chuvas intensas. Veja as regiões

Alerta laranja do Inmet para risco de chuvas intensas. Veja as regiões

Visualizar notícia
Morre Iolanda Barbosa: Um olhar sobre o Alzheimer

Morre Iolanda Barbosa: Um olhar sobre o Alzheimer

Visualizar notícia
Tarcísio defende Bolsonaro contra “narrativa disseminada”

Tarcísio defende Bolsonaro contra “narrativa disseminada”

Visualizar notícia
Mega-sena acumula e prêmio do próximo sorteio chega a R$ 18 milhões

Mega-sena acumula e prêmio do próximo sorteio chega a R$ 18 milhões

Visualizar notícia
Icone casa

Seja nosso assinante

E tenha acesso exclusivo aos nossos conteúdos

Apoie o jornalismo independente. Assine O Antagonista e a Revista Crusoé.