Eduardo Bolsonaro rebate críticas ao bolsonarismo após explosões em Brasília
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) criticou a associação das explosões em Brasília ao Projeto de Lei da Anistia, que concede perdão aos réus do 8 de janeiro e ao bolsonarismo. Para o parlamentar, afirmações feitas por membros do governo e ministros do STF distorcem os fatos. Ele considera a proposta que tramitou na Comissão...
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) criticou a associação das explosões em Brasília ao Projeto de Lei da Anistia, que concede perdão aos réus do 8 de janeiro e ao bolsonarismo.
Para o parlamentar, afirmações feitas por membros do governo e ministros do STF distorcem os fatos. Ele considera a proposta que tramitou na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) “essencial para a pacificação nacional” e a “recuperação da normalidade institucional no Brasil”.
Em sua avaliação, a tentativa de vincular os episódios violentos ao PL da Anistia possui um “propósito malicioso”, e, portanto, não pode ser considerada uma simples coincidência.
Segundo Eduardo Bolsonaro, a verdadeira natureza do incidente ocorrido na última quarta-feira, quando Francisco Wanderley Luiz detonou explosivos na Praça dos Três Poderes, não deve ser tratada como um ataque aos Poderes Constituídos, mas como um suicídio.
O deputado também criticou as associações do ex-presidente Jair Bolsonaro ao atentado. Para ele, se trata de uma tentativa de manipulação política, algo que, na sua visão, não se sustenta diante dos fatos.
“Essa tentativa de manipulação revela não apenas uma distorção inaceitável dos fatos, mas também o propósito malicioso de atrapalhar o andamento do Projeto de Lei da Anistia, um passo essencial para a pacificação nacional e o reestabelecimento da normalidade institucional no país”, afirmou Eduardo Bolsonaro em entrevista ao jornal O GLOBO.
Ele lembrou ainda que Francisco Wanderley Luiz, o autor das explosões, teve uma candidatura mal-sucedida a vereador em 2020, composta por uma chapa do PDT e PL, e que naquele período, o ex-presidente Jair Bolsonaro sequer era filiado ao PL. Nas redes sociais, Luiz expressou seu descontentamento com a polarização política no Brasil, deixando claro seu afastamento tanto de Bolsonaro quanto do presidente Lula.
O deputado acusou, de forma enfática, seus adversários políticos de usar essa tragédia como um instrumento para fins pessoais, buscando desgastar seus opositores em meio a um momento de crise.
“O responsável pelo incidente teve uma candidatura mal-sucedida em 2020, por uma chapa composta pelo PDT e PL, em um período no qual o Presidente Bolsonaro sequer estava filiado ao PL. Além disso, em mensagens publicadas em suas redes sociais, o autor expressou claramente sua rejeição tanto ao Presidente Bolsonaro quanto ao Presidente Lula, e demonstrou profundo descontentamento com a polarização política no país”, afirmou o deputado.
Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, foi identificado como o responsável pelas explosões na Praça dos Três Poderes e nas imediações da Câmara dos Deputados. O homem, que já havia tentado a carreira política como candidato a vereador em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, em 2020, também tinha um histórico de trabalho como chaveiro e camelô. Ele foi encontrado morto no local do último atentado, que ocorreu minutos após ter ativado explosivos em seu veículo nas proximidades do Congresso Nacional. A Polícia Federal investiga o caso, enquanto a Polícia Militar classificou o ocorrido como um “autoextermínio com explosivo”.
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