Eduardo Bolsonaro cobra R$ 1 mil em cursinho preparatório para candidatos
O seminário vai ocorrer em São Paulo e também terá a participação do vereador Carlos Bolsonaro
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) vai realizar em 10 de agosto deste ano um curso preparatório para candidatos que pretendem se eleger sob a égide do bolsonarismo.
O seminário vai ocorrer em São Paulo e também terá a participação do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e de outros integrantes do bolsonarismo raiz. Para participar do evento, o interessado terá que desembolsar R$ 997,90 à vista. Aos menos abastados, Eduardo Bolsonaro aceitou parcelar esse valor em até 12 vezes.
Na semana passada, a revista Crusoé mostrou detalhes sobre como a família Bolsonaro tem usado a influência política para obter lucros. O cursinho preparatório de candidatos é apenas mais uma faceta empresarial do clã.
Ao participar do cursinho de Eduardo Bolsonaro, o candidato vai participar de um workshop, e vai ter direito a um coffe break, a um certificado de conclusão do curso, e a fotos ao lado de Eduardo e Carlos, que poderão ser utilizados como o candidato desejar – como em santinhos, por exemplo.
Os Bolsonaros e o grafeno
Na semana passada, O Antagonista mostrou com exclusividade que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e seu pai, Jair Bolsonaro, se tornaram empresários de exploração de grafeno. Em junho, os dois abriram uma empresa para pesquisa, exploração e venda de produtos à base do material. Entre os produtos oferecidos estão itens para segurança pessoal, acessórios para motocicletas e armas.
A empresa, com capital social de 100 mil reais, também pretende incentivar e fazer pesquisas sobre material, obtido a partir da reordenação das moléculas do grafite para o formato hexagonal.
O Antagonista obteve com exclusividade a cópia do contrato social desse novo empreendimento dos Bolsonaro – a Bravo Grafeno Tecnologia e Inovação LTDA, de nome social Bravo Grafeno. A companhia foi registrada na Junta Comercial do Distrito Federal em 11 de junho de 2024. Além de Jair e Flávio, aparecem como sócios na empreitada o assessor parlamentar de Flávio no Senado Fernando Nascimento Pessoa, o ex-candidato a deputado distrital pelo Podemos Pedro Leite e o empresário gaúcho e entusiasta das armas Maichel Chiste.
Pela constituição acionária, Flávio é o sócio majoritário, respondendo por 30% das ações; Jair e Maichel detêm 20% das ações cada e Fernando e Pedro Leite detêm, cada um, 15%. Apesar de Pedro ser o sócio minoritário do empreendimento, é ele quem vai administrar o negócio, segundo o contrato social.
Em nota oficial, Flávio disse que a decisão de criar a empresa “foi motivada pela convicção de que o grafeno representa uma revolução tecnológica, com grande potencial em vários segmentos”.
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