Economistas lançam abaixo-assinado em repúdio ao Conselho da categoria
Economistas, entre eles Alexandre Schwartsman, fizeram um abaixo-assinado em repúdio a uma nota divulgada pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon), que fala "em grave situação de estado de exceção no Brasil, com apoio de setores como financeiro, rentistas, parte do empresariado, do Judiciário e das Forças Armadas"...
Economistas, entre eles Alexandre Schwartsman, fizeram um abaixo-assinado em repúdio a uma nota divulgada pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon), que fala “em grave situação de estado de exceção no Brasil, com apoio de setores como financeiro, rentistas, parte do empresariado, do Judiciário e das Forças Armadas”.
O Antagonista pontua que o Cofecon é liderado atualmente por Júlio Miragaya, economista carioca filiado ao PT desde 1980.
Vejam o abaixo-assinado:
“Nós, economistas, aqui representados por este documento, fomos surpreendidos por uma carta aberta apócrifa publicada em 6 de abril pelo Conselho Federal de Economia (COFECON), cujo teor é extremamente desrespeitoso e agressivo a vários setores e instituições do país, envolvendo inclusive o Poder Judiciário. Entendemos que o conteúdo daquele documento, que envolve desde acusações da existência de um estado de exceção, até a própria incitação à rebelião por parte da população, não se coaduna com os princípios democráticos que devem nortear o comportamento de uma entidade de classe e que, portanto, não nos representa.
Mais do que isso, entendemos que o COFECON, que, por força de lei, nos obriga o registro e o devido pagamento de anuidade para exercício da profissão, deveria ter a consciência de que, em uma democracia, há uma pluralidade de posições, inclusive de seus representados. Sendo assim, consideramos que manifestações desta entidade deveria, por respeito à classe profissional que representa, se abster de assumir qualquer posição política partidária, limitando-se a apresentar contribuições técnicas sobre assuntos econômicos específicos, desde que embasadas em estudos sérios, que sejam referendadas em reunião pelos Conselhos Regionais de Economia, e cujas respectivas posições sejam devidamente registradas em ata e tornadas públicas em conjunto com a divulgação da posição assumida pelo COFECON.
Finamente ressaltamos que nos preocupa sobremaneira os termos acusatórios e radicais, sem qualquer base fática ou técnica contidos naquele documento, na medida em que, além de não contribuírem em nada para a evolução econômica do país, só exacerbam o já conturbado ambiente político hoje vigente.
Diante do quanto aqui exposto, colocamo-nos frontalmente contrários ao posicionamento do COFECON e pedimos mais respeito aos seus representados que têm posição divergente e, principalmente, às instituições democráticas do nosso país.”
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