“É sorte que seja o Ministério Público a determinar o destino de inquéritos”
José Robalinho Cavalcanti, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, colheu a oportunidade dada pela declaração infeliz de Fernando Segovia à Reuters, sobre a falta de provas contra Michel Temer no inquérito sobre o Decreto dos Portos. Ele disse o seguinte...
José Robalinho Cavalcanti, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, colheu a oportunidade dada pela declaração infeliz de Fernando Segovia à Reuters, sobre a falta de provas contra Michel Temer no inquérito sobre o Decreto dos Portos.
Ele disse o seguinte:
“Quando o País se vê diante do espetáculo dantesco de um diretor geral de polícia dando declarações no lugar dos responsáveis por uma investigação, percebe-se que é sorte para a sociedade brasileira que quem determine se um inquérito criminal terá proposta de arquivamento, ou se a investigação continuará em busca de novas diligências, não seja a Polícia, e sim o Ministério Público.
Não cabe e nunca caberá a um diretor geral comentar uma investigação antes dos profissionais responsáveis por ela. Muito menos quando essa investigação envolve o seu chefe (o presidente da República) e está submetida à PGR e ao STF.
Foi lamentável sob todos os aspectos o infeliz espetáculo de desrespeito do diretor geral Fernando Segovia pela sua própria instituição e por seus subordinados. A Polícia Federal é um órgão de Estado, e não de governo, e seus profissionais são sérios, técnicos e sempre terão o ministério público a seu lado, quando a sua independência técnica for atacada.”
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